Transformações do nitrogênio em solo sob vegetação de Digitaria decunbens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Eira, Paulo Augusto da lattes
Orientador(a): Dobereiner, Johanna lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17713
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação, visando verificar a influência da Digitaria decumbens, cult. transvala, seja como planta inteira ou só raízes (parte aérea cortada), nas transformações do nitrogênio do solo sem adubação nitrogenada e do solo adubado com sulfato de amônio ou nitrato de sódio. No experimento I os tratamentos foram: solo sem planta, solo com raízes e solo com planta, sem N e com sulfato de amônio, realizando-se cinco amostragens, aos 0,7, 14,21 e 28 dias após a aplicação do adubo. No experimento II além desses tratamentos foram incluídos mais três, em que a fonte de N foi o nitrato de sódio, efetuando-se também, além daquelas do experimento I, mais três amostragens aos 2, 4 e 35 dias. No experimento I foram feitas determinações de pH, N-N03, N-NH4+ e N total do solo, peso e N total de raízes e partes aéreas. No experimento II além dessas determinações, foi feita ainda a da atividade da nitrato redutase na parte aérea das plantas. O teor de N-nítrico no solo sem planta e sem adubação variou entre 0,66 e 12,95 ppm; ao passo que no solo com Digitaria a variação observada foi entre 0,32 e 1,28 ppm de N-NO 3-, caracterizando assim a ausência marcante desse íon na rizosfera da gramínea. A nitrificação do N-amoniacal adicionado ao solo foi rápida, tendo início dois a sete dias após a aplicação e foi intensificada na presença das raízes, no experimento I. No experimento II isto não pôde ser observado porque houve desnitrificação do N-NO3 produzido. A desnitrificação foi maior no solo com raízes de Digitaria, mas ocorreu também no solo sem planta. A Digitaria absorveu tanto o N-amoniacal como o N-nítrico. No tratamento com N-amoniacal todo o N foi absorvido até sete dias após a adubação e naquele com N-nítrico até catorze dias após a aplicação do adubo. A atividade da nitrato redutase na planta sem adubação aumentou na amostragem feita aos dois dias, atribuindo-se este aumento às condições de umidade, melhores que aquelas em que a planta estava no campo. Houve aumento da atividade da nitrato redutase, quatro horas após a aplicação de N-nítrico ao solo. O máximo da atividade da nitrato redutase foi verificado aos quatro e aos sete dias, respectivamente, nas plantas que receberam N-nítrico e N-amoniacal. Do ponto de vista prático conclui-se que, a se usar adubação nitrogenada para a Digitaria, esta deveria ser feita com N amoniacal, já que com N-nítrico além da absorção mais lenta pela planta e da desnitrificação observadas, ter-se-ia também o problema da lixiviação, que foi contornado nos experimentos, mas que seria um fator de perda importante em condições de campo.