Produção de leite em pastagens de Capim-Massai em sistemas agrossilvipastoris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Aline Barros da lattes
Orientador(a): Carvalho, Carlos Augusto Brandão de
Banca de defesa: Carvalho, Carlos Augusto Brandão de, Barros, Inácio de, Müller, Marcelo Dias, Paiva, Adenilson José, Moura, André Morais
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9241
Resumo: Uma melhoria no ambiente da criação de animais gera grandes benefícios nos resultados de produção, obtidos dentro da pecuária leiteira em regiões tropicais do Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho produtivo e qualitativo do capim-Massai, além do desempenho e comportamento animal de vacas mestiças, em três sistemas, um em monocultivo do capim à pleno sol (pleno sol-SPS) e dois sob regimes de sombra com eucalipto (sombreamento moderado-SSM e sombreamento intenso-SSI). O experimento foi conduzido na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop/MT) no período entre 06/01/2018 e 14/06/2019. Foram avaliadas as características estruturais do pasto, perda, aproveitamento e oferta de forragem, valor nutritivo da forragem, microclima, taxa de lotação, comportamento animal, produção individual e qualidade do leite. Os dados foram analisados sob estatística univariada pelo SAS® On Demand e PDIFF (p<0,10) e multivariada (análise discriminante e de componentes principais). A radiação fotossintéticamente ativa (RFA) foi maior no SPS, com diferença de 25% para o SSM e 50% para o SSI. Os valores médios de ITU foram superiores a 72 nos três sistemas. A massa de forragem pré-pastejo, a massa seca de lâminas foliares e massa seca de colmos no SSM foram intermediárias aos demais sistemas (6.885, 3.206 e 2.105 kg ha-1 MS, respectivamente). Os valores de densidade volumétrica e aproveitamento da forragem também foram intermediários no SSM (109,1 ha-1 cm-1 MS e 2.999 kg ha-1 MS, em média) em relação aos demais sistemas. Maiores teores de proteína bruta foram obtidos no SSI (13,6%), intermediários no SSM (11,3%) e menores no SPS (10,1%). No verão/2017, a produção individual de leite foi maior no SSI do que no SPS, ambas semelhantes àquela do SSM (15,5 kg vaca-1 dia-1 de leite). No período de chuvas, as vacas dos sistemas sombreados buscaram por sombra em maior frequência (66,5%, em média) que as do SPS (15,9%), enquanto que no período de seca, houve frequência intermediária no SSM (59,7%), com maior valor para o SSI (73,2%). Em condições de baixa incidência da RFA, os colmos do capim-Massai foram menos espessos e mais leves nos sistemas com sombreamento, devido ao manejo do pasto sob 95% de interceptação luminosa. O microclima afetou positivamente o desempenho produtivo do capim-Massai a pleno sol, contudo afetou negativamente o teor de proteína bruta de sua forragem. No SSM, houve maior produtividade do capim-Massai em relação ao SSI, concomitante ao maior teor de proteína bruta da forragem do que no SPS. A produção de leite foi muito dependente da produção de massa seca, o que frequentemente é privilegiado nos sistemas em monocultivo deste capim. O sombreamento moderado promove equilíbrio entre a produção e o valor nutritivo do capim-Massai, assim como ambiência para vacas leiteiras, nas distintas épocas do ano no norte do Mato Grosso–Brasil.