Estudo do magmatismo da fase drifte da Bacia de Campos na região do Alto de Cabo Frio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Frank, Yara Veloso Magalhães lattes
Orientador(a): Valente, Sergio de Castro lattes
Banca de defesa: Valente, Sergio de Castro lattes, Vieira, Artur Corval lattes, Mendes, Julio Cezar lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Modelagem e Evolução Geológica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20492
Resumo: As seções magmáticas de três poços (A, B e C) furados na Bacia de Campos foram estudadas nesta dissertação. O estudo utilizou dados de poços e amostras laterais (poço A) e de calha (poços B e C) fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os dados petrofísicos (raio gama, resistividade, neutrão, densidade e sônico) dos poços foram utilizados na discriminação de log-fácies que, por sua vez, foram associadas aos dados petrográficos das amostras estudadas. De um modo geral, as correlações entre os dados petrofísicos e petrográficos suportaram a discriminação do caráter intrusivo e extrusivo das rochas nos três poços. Os poços A e B registram predominantemente processos magmáticos do Santoniano-Coniaciano representados por diabásios e basaltos alcalinos. A seção magmática do poço A é uma intrusão de diabásio com 13 metros de espessura, enquanto que duas seções magmáticas no poço B incluem tanto intrusão (seção inferior; 31 m) quanto derrames de basaltos alcalinos intercalados com siltito tufáceo (seção superior; 66 m). Modelagem geoquímica mostrou que as rochas magmáticas da seção superior e inferior do poço B são cogenéticas por cristalização fracionada, podendo estar relacionadas a uma mesma câmara magmática subvulcânica. Exceção deve ser feita, no entanto, para um derrame basáltico possivelmente originário de outro conduto vulcânico. No entanto, as rochas alcalinas do poço B não são cogenéticas com a intrusão de diabásio do poço A. Modelos de mistura binária indicam que o magmatismo alcalino Santoniano-Coniaciano da área de estudo na Bacia de Campos envolveu interação entre fontes mantélicas astenosféricas rasas empobrecidas e fontes enriquecidas representadas pelo manto litosférico subcontinental local. A composição deste último é bem representada pelos lamprófiros alcalinos que ocorrem no litoral de São Paulo na região continental adjacente às bacias de Campos e Santos. O poço C tem uma seção magmática com 45 metros de espessura que inclui, predominantemente, rochas vulcaniclásticas (siltito tufáceo e siltito epiclástico), além de argilito fossilífero e arcóseo. Esta seção volcaniclástica representa um ambiente vulcânico caracterizado por campos de cones de escória monogenéticos. Modelos de mistura binária indicam que fontes mantélicas formadoras de basaltos oceânicos estavam abaixo da região do Alto de Cabo Frio no Santoniano-Campaniano.