Inquisição e bigamia: disciplinamento e transgressões de cristãos velhos portugueses julgados pelo Tribunal do Santo Ofício (Lisboa, século XVII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alves, Mariana Rocha Ramos de Oliveira lattes
Orientador(a): Faria, Patrícia Souza de
Banca de defesa: Faria, Patricia Souza de, Oliveira, Yllan de Mattos, Tavares, Célia Cristina da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13862
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar as percepções, crenças e práticas sociais de homens e mulheres cristãos velhos portugueses, moradores na cidade de Lisboa e arredores, que se tornaram bígamos no século XVII. Pretendemos analisar as motivações que levaram tais cristãos velhos a transgredir o sacramento do matrimônio, com atenção a suas crenças e formas de vida, décadas após a recepção, em Portugal, dos decretos do Concílio de Trento. Esta pesquisa insere-se em uma reflexão sobre os impactos do Concílio de Trento no Portugal Moderno, ao investigar alguns dos aspectos das reformas idealizadas por este concílio, mais especificamente as concernentes ao sacramento do matrimônio e a sua transgressão por meio da bigamia, bem como o processo de “disciplinamento” desta sociedade. Desta forma, as fontes principais utilizadas nesta pesquisa são os processos inquisitoriais de bígamos cristãos velhos julgados pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa no século XVII, além de consultarmos fontes complementares, de caráter normativo, como os decretos do Concílio de Trento, os Regimentos da Inquisição de Portugal e as Constituições Sinodais do Arcebispado de Lisboa de 1640.