"Você tem que tirar seu coração do Estado, entendeu?”: trajetórias laborais de especialista de Políticas Públicas e Gestão Governamental e Analista de Planejamento e Orçamento do Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu Instituto Três Rios |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10327 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação foi compreender as implicações da experiência gestionária para a trajetória laboral dos Especialistas de Políticas Públicas e Gestão Governamental e os Analistas de Planejamento e Orçamento do estado do Rio de Janeiro. O estudo mostrou o percurso laboral desses gestores, compreendendo desde o momento anterior a entrada no serviço público, até o presente, de maneira a articular a dimensão trabalho e subjetividade. O suporte teórico-metodológico foi desenvolvido a partir da Psicossociologia, em que considera os sujeitos inscritos numa dupla determinação social e psíquica, além de acrescentar o cenário social na dinâmica da relação homem-trabalho. As informações foram levantadas através do recolhimento e análise das histórias de vida laborais de quatro ex-gestores públicos do ERJ que se distanciaram dos cargos de gestão. Considerando a experiência gestionária como um marco importante em suas trajetórias, a análise compreendeu o gestor público antes do cargo de gestão, durante a experiência gestionária e depois de ser gestor. As análises mostraram que as trajetórias laborais são constituídas pelo vínculo afetivo. Esse vínculo se faz presente nas trajetórias desde o processo anterior a entrada no serviço público, na história familiar, entendendo-a como participante ativa na construção de suas trajetórias. É também sob a ótica do envolvimento afetivo que se constitui a adesão subjetiva dos gestores públicos com o seu trabalho. Por isso, embora tenham se desvinculado do cargo, no plano subjetivo não houve rompimento com a gestão, pois o processo gestionário continua fazendo parte de suas vidas e define quem eles são. Por isso, não são ex-gestores, o vínculo afetivo por meio do amor continua em relação ao Estado, e esperam um dia voltar ao cargo de gestão. Por fim, constatou-se uma continuidade das trajetórias, que se refere ao acúmulo de experiências, conhecimento e reconhecimento, que permitem continuar na construção do ser gestor público. A continuidade também está relacionada com o suporte familiar que possuem e na capacidade “técnica”, visto que acreditam em seus próprios méritos para voltar a trabalhar como gestores públicos. |