Estudo dos efeitos do óleo essencial obtido das folhas de Schinus molle L. no sistema nervoso central de camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Muniz, Samantha Costa Amorim lattes
Orientador(a): Rocha, Fabio Fagundes da
Banca de defesa: Côrtes, Wellington da Silva, Costa, Elson Alves da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11397
Resumo: A medicina popular, uma prática muito antiga, faz o uso de diversas plantas com a para o tratamento de doenças que acometem o homem. Com o passar dos anos, houve um grande avanço nos estudos de plantas medicinais para a obtenção de novos compostos com propriedades terapêuticas. Schinus molle L., planta pertencente à família Anacardiaceae, é popularmente conhecida como aroeira salsa. Além de apresentar ampla gama de atividades biológicas, seus extratos etanólico e hexânico demonstraram possuir efeito do tipo antidepressivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do óleo essencial obtido das folhas de Schinus molle L. (OEFS) no sistema nervoso central de camundongos. No teste do campo aberto (CA), OEFS na dose de 100 mg/kg (i.p.) reduziu em 74,0% o número de quadrantes percorridos (OEFS100 = 19,1 ± 6,2 vs. CT = 73,2 ± 3,1), assim como a exploração vertical (“rearing”) em 95% (OES100 = 1,1 ± 0,6 vs. CT = 22,3 ± 3,6), aumentando significativamente o tempo de inatividade em 2071% em relação ao grupo controle (OEFS100 = 165,0 ± 21,8 vs. CT = 7,6 ± 2,6). A mesma dose de OEFS foi capaz de aumentar em 95,5% o tempo de sono induzido por etomidato em relação ao grupo controle (OEFS100 = 168,4 ± 15,0 vs. CT = 86,1 ± 9,0 s) sem, no entanto, alterar significativamente o tempo de permanência na barra ou número de quedas no teste da barra giratória. Para avaliar o possível efeito ansiolítico, as doses de 25 e 50mg/kg de OEFS foram utilizadas no teste do labirinto em cruz elevado (LCE) e no teste de esconder esferas (TEE). Tanto no LCE quanto no TEE nenhum dos parâmetros analisados foi alterado significativamente pelo OES quando comparado ao grupo controle. Para avaliação de um possível efeito antidepressivo do OEFS, foi realizado o teste do nado forçado (NF). O OEFS não alterou significativamente o tempo de imobilidade em nenhuma das doses testadas (25, e 50 mg/kg). Visando identificar um possível mecanismo de ação para a ação sedativa do OEFS100, foi realizado um pré-tratamento com flumazenil na dose 1,0 mg/kg, vinte minutos antes da administração do OEFS100 e exposição ao teste do CA. O pré-tratamento com flumazenil não foi capaz de reverter a redução da atividade locomotora e exploratória do animal no CA causada pelo OEFS100, demonstrando que o efeito sedativo não é mediado pelo sítio benzodiazepínico do receptor GABAA. Estudos complementares são necessários para uma investigação mais aprofundada sobre seu efeito sedativo, assim como uma melhor exploração do perfil farmacológico desta planta.