Desempenho produtivo e composição do leite de cabras alimentadas com dietas contendo diferentes níveis da leguminosa Flemingia macrophylla (willd.) Merrill com e sem polietilenoglicol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fagundes, Gisele Maria lattes
Orientador(a): Modesto, Elisa Cristina lattes
Banca de defesa: Fonseca, Carlos Elysio Moreira da, Zambom, Maximiliane Alavarse, Rodrigues, Carla Aparecida Florentino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14873
Resumo: A caprinocultura leiteira no Brasil tem apresentado tendência de evolução na atividade, consolidando-se como alternativa na pecuária brasileira, e superando o constante desafio de conquistar e manter novos mercados para o leite e seus derivados. No entanto, embora promissora, ainda convive com inúmeros problemas e dificuldades. Dentre elas inclui-se a sazonalidade na produção de alimentos forrageiros. Assim, a utilização de leguminosas arbustivas com elevado teor de proteína bruta e tolerantes a solos de baixa fertilidade, como Flemingia macrophylla, torna-se uma opção viável em sistemas, onde prevalece a agricultura familiar, pois representam uma alternativa possível para a substituição dos insumos mais caros das dietas. Neste contexto, este trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a inclusão de diferentes níveis de Flemingia macrophylla na dieta de cabras mestiças leiteiras no período de lactação, sobre os parâmetros fisiológicos e hematológicos, o desempenho produtivo, consumo, digestibilidade e a composição físico-química do leite. O delineamento experimental utilizado foi em quadrado latino (6 x 6), em fatorial (3 x 2), sendo seis animais e seis tratamentos com 3 níveis de inclusão da leguminosa (0%, 12,5% e 25%) sobre a matéria seca total. A razão volumoso:concentrado fornecida aos animais foi de 50:50, onde os tratamentos utilizados foram: T1: 0% de Flemíngia + 50% de feno de Tifton; T2: 0% de Flemíngia + 50% de feno de Tifton + PEG (polietilenoglicol); T3: 12,5% de Flemíngia + 37,5% de feno de Tifton; T4: 12,5% de Flemíngia + 37,5% de feno de Tifton + PEG; T5: 25% de Flemíngia + 25% de feno de Tifton; T6: 25% de Flemíngia + 25% de feno de Tifton + PEG. Os parâmetros avaliados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e o teste de média utilizado foi o Tukey ao nível de 5% de probabilidade. A leguminosa apresentou altos teores de TC, lignina, proteína e da fração de carboidratos não fibrosos (CNF). Seu conteúdo protéico exibiu altas concentrações das frações B3 (proteína lentamente degradada no rúmen) e C (proteína indisponível ao animal). Níveis de 25% de inclusão, apresentaram menor aceitabilidade e influenciaram negativamente o consumo de hemicelulose, as digestibilidades de MS, MO, PB, FDN, CT e a concentração de amônia no rúmen. No entanto, esses efeitos foram inativados pela adição de PEG. Não houve diferença para os valores de gordura, lactose, proteína, extrato seco, extrato seco desengordurado, pH, acidez, densidade e CCS do leite de cabras submetidas aos diferentes tratamentos, entretanto, observou-se valores de crioscopia inferiores (P<0,05) para a dieta com 12,5% de Flemíngia suplementada com PEG. A adição de PEG, ao nível de 12,5%, promoveu aumento na temperatura retal e na frequência cardíaca, reduziu o percentual dos ácidos graxos de cadeia média e curta, e aumentou o conteúdo de C17:0 no leite. Todavia, a inclusão dos níveis de Flemíngia em substituição ao Tifton e ao farelo de soja não promoveu diferenças para as respostas fisiológicas e hematológicas dos animais, e não proporcionou importantes alterações no consumo, produção, composição físico-química e perfil dos ácidos graxos do leite