Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sant'Anna, Selenobaldo Alexinaldo Cabral de
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Orientador(a): |
Alves, Bruno José Rodrigues |
Banca de defesa: |
Alves, Bruno José Rodrigues,
Lima, Eduardo,
Campos, David Vilas Boas de,
Bolonhezi, Denizart,
Jantalia, Claúdia Pozzi |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9027
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Resumo: |
O trabalho teve como objetivo avaliar as mudanças nos estoques de C e N no solo em área de cana-de-açúcar cultivada sem queima em área antes ocupada por pastagem e quantificar as emissões de gases (N2O e CH4) e as perdas por volatilização de amônia do solo pelo uso de fertilizante e vinhaça. O estudo foi realizado em uma área de LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico (LVef), textura argilosa, no Município de Ribeirão Preto-SP. Para avaliação dos estoques de C e N foi considerada uma cronossequência com duas áreas de cana-de-açúcar, uma com mais de 25 anos e outra com 3 anos de cultivo respectivamente, e uma área ocupada com pastagem e outra com floresta secundária com mais de 30 anos. Os estoques de C e N foram estimados para as camadas de 0-30 cm e de 0-100 cm. Não houve diferença estatística para a profundidade 0-30 cm corrigido para massa igual de terra entre a floresta, pastagem e cana 3 anos, que somaram, respectivamente, 55,05, 48,85 e 49,96 Mg C ha-1 e 4,27, 3,74 e 3,83 Mg N ha-1. A área sob cana > 25 anos para esse intervalo de profundidade apresentou estatisticamente menores valores dos estoques de C (46,04 Mg C ha-1) e N (3,45 Mg N ha-1) em relação a floresta secundária, porém esses valores não diferiram dos outros dois sistemas de uso do solo. Na camada 0-100 cm a floresta apresentou valor significativamente maior (118,36 Mg C ha-1) do que as áreas de cana > 25 anos (103,25 Mg C ha-1) e a pastagem (102,29 Mg C ha-1). A área de cana com 3 anos apresentou estoque de C (109,97 Mg C ha-1) que não diferiu entre os três outros sistemas. A floresta e a cana com 3 anos apresentaram maiores estoque de N, respectivamente (8,52 e 8,02 Mg N ha-1), comparada com a área de cana > 25 anos (7,04 Mg N ha-1), mas não diferente da área de pastagem (7,79 Mg N ha-1), a qual não diferenciou da área de cana > 25 anos. Para as amostragens de gases e as perdas por volatilização de NH3 o trabalho foi realizado em delineamento experimental em bloco inteiramente casualizado, com seis tratamentos: CSP - controle sem palha, FSP - fertilizante sem palha, FCP - fertilizante com palha, CCP - controle com palha, VSP - vinhaça sem palha e VCP - vinhaça com palha e com cinco repetições e em três períodos de amostragens correspondentes aos anos de 2010, 2011 e 2012. Os tratamentos consistiram na aplicação de 160 m3 ha-1 de vinhaça equivalente a 59 kg N ha-1 em 2010, a 70 kg N ha-1 em 2011 e a 108 kg N ha-1 em 2012, aplicação de ureia na dose de 52 kg N ha-1em 2010 e 100 kg N ha-1 em 2011 e 2012 e controles. A variação temporal dos fluxos de N2O nos três anos foi 5,12 a 42,49 µg N-N2O m2 h-1. Em 2010 não houve diferença entre tratamentos e em 2011 e 2012 seguiram a ordem FSP = FCP > CSP = CCP = VCP = VSP. Os fatores de emissão variaram entre 0,01 e 0,4%. Os fluxos médios de CH4 foram negativos. As perdas por volatilização de NH3 nos três anos de avaliação foram menores que 15% e 2% para as doses de fertilizantes e vinhaça respectivamente. Os resultados sugerem que o plantio da cana-de-açúcar em áreas de pastagens de baixa produção não modifica significativamente os estoques de C e N do solo, mas alcançam níveis inferiores aos da floresta secundária (>30 anos). O uso da fertilização nitrogenada induz a produção de N2O do solo, assim como tende a ocorrer com a aplicação da vinhaça, e mesmo com a manutenção da palhada, os níveis de emissão são muito baixos para se atribuir a essas operações um risco de comprometimento do programa de etanol. |