O jongo na comunidade Quilombola de Santa Rita do Bracuí: instrumento de diálogo entre os saberes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bernardo, Délcio José lattes
Orientador(a): Pereira, José Valter
Banca de defesa: Pereira, José Valter, Siss, Ahyas, Alvito, Marcos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13227
Resumo: O objetivo deste trabalho é pesquisar o jongo na Comunidade dos Remanescentes de Quilombo de Santa Rita do Bracuí, identificando os caminhos percorridos por essa manifestação cultural desde a fundação da Associação dos Remanescentes do Quilombo de Santa Rita do Bracuí (Arquisabra) até os dias atuais, bem como a sua contribuição no processo de construção e reafirmação identitária entre os quilombolas dessa comunidade. Participando das ações e das discussões realizadas no Quilombo Bracuí há mais de 20 anos, temos percebido que o jongo tem se constituído em importante instrumento de diálogo entre os saberes afro-brasileiros, através das práticas educativas vinculadas a ela e os saberes formais vinculados às práticas educativas utilizadas pela escola formal. Propomos levantar e identificar alguns apontamentos debatidos a partir das ações realizadas pelos quilombolas de Santa Rita, investigando que papéis o jongo poderá assumir se incorporado à escola. Essa é a defesa feita por algumas lideranças quilombolas, baseando-se numa proposta de educação que objetiva valorização da diversidade “tão bem definida” e expressa pela implementação da lei nº 10.639/03 e pela “educação diferenciada” que aponta a escola como a extensão do projeto político da comunidade. Considerando que a formação cultural do povo brasileiro recebeu influência dos grupos étnicos africanos trazidos para o Brasil no período escravista, e que Angra dos Reis vivenciou os principais ciclos econômicos sustentados por mão de obra escrava, pensamos ser pertinente uma pesquisa sobre os saberes tradicionais dos sujeitos que ainda habitam o Quilombo Santa Rita do Bracuí, e a importância desses saberes na formação de seus filhos e filhas.