Efeito do período de estocagem, tempo de incubação e da temperatura de secagem na avaliação de parâmetros químicos e biológicos e na disponibilidade de metais de lodo de esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lã, Otavio Raymundo lattes
Orientador(a): Mazur, Nelson lattes
Banca de defesa: Pereira, Marcos Gervásio, Santelli, Ricardo Erthal, Soares, Fabiana dos Santos, Campos, David Vilas boas de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9066
Resumo: A utilização agrícola de lodos de esgoto tem se tornado, cada vez mais, uma prática adotada pelas companhias de saneamento, para resolver, em parte, o problema da disposição final do resíduo. Como o lodo para ser utilizado geralmente necessita estar seco, e que o processo de secagem pode alterar a distribuição de metais, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura de secagem e do tempo de estocagem em parâmetros químicos e na disponibilidade e distribuição de metais. Os objetivos específicos foram: (i) estudar em como a temperatura de secagem (ao ar, 40°C e 65°C) do lodo, associada ao tempo de estocagem (zero – fresco, e um ano), influencia na disponibilidade de metais e quais as possíveis alterações químicas provocadas no lodo; (ii) avaliar em como os elevados teores de ferro presentes e a atividade microbiana afetam a disponibilidade de metais no lodo estudado em função da variação da temperatura de secagem e (iii) caracterizar a fração orgânica solúvel lixiviada por espectrometria de absorção no infravermelho, nas amostras de lodo secas em diferentes temperaturas e estocadas por um ano. O lodo fresco e estocado por um ano, após secagem em estufa com circulação forçada de ar, foi moído e submetido às análises químicas. Na avaliação da disponibilidade e distribuição de metais foi utilizado o método de extração seqüencial do BCR. A secagem do lodo ao ar favoreceu o aumento da disponibilidade de metais, porém, em temperaturas maiores esta diminuiu devido à ligação dos metais com compostos mais estáveis. A redução de carbono orgânico total devido à volatilização e biodegradação foi favorecida pelo aumento de temperatura. A diminuição nos teores de ferro e zinco com o aumento do tempo e da temperatura de secagem a peso constante e o pH próximo da neutralidade favorecem a readsorção e/ou precipitação de metais para formas menos lábeis. O lodo de esgoto úmido, estocado em condições refrigeradas (4ºC), foi submetido aos diferentes tempos e temperaturas de secagem na estufa e, após ser re-umedecido e incubado (28 ± 1ºC) por zero, um e três dias. Para avaliação da atividade microbiana e disponibilidade de metais foi utilizado o método de fumigação extração e o extrator Mehlich 3, respectivamente. O aumento dos teores de carbono orgânico solúvel e ferro foi diretamente relacionado ao aumento do tempo de incubação e temperatura de secagem. Para a lixiviação, as amostras de lodos secas foram empacotadas em colunas de PVC de 50 mm e relacionados à massa do lodo úmido, em base seca. O aumento na temperatura de secagem do lodo causou o aumento no teor de carbono orgânico dissolvido no extrato lixiviado, não havendo, porém, aumento correspondente no teor de metais nesse extrato.