Riqueza, diversidade de espécies e variação altitudinal de morcegos (Mammalia, Chiroptera) no Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Martins, Mayara Almeida lattes
Orientador(a): Peracchi, Adriano Lucio lattes
Banca de defesa: Esbérard, Carlos Eduardo Lustosa, Cordeiro, José Luís Passos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10833
Resumo: O presente trabalho reúne os resultados de um levantamento de morcegos no Parque Nacional do Itatiaia (PNI), estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil (22º16’−22º28’S e 44º34’−44º42’O) nos períodos de junho, agosto e dezembro de 2009 e fevereiro, março e julho de 2010. Foram realizadas 23 noites de coleta, distribuídas em 12 sítios situados em altitudes de 500 a 2500 m. As coletas foram realizadas com redes “mist-nets”, armadas ao nível do solo, em trilhas ou clareiras, em frente a vegetais em floração ou frutificação e próximo a construções e cavidades naturais (grutas, fendas em pedras e ocos de árvores). Também foram armadas redes sobre riachos e corpos d’água ou próximo aos mesmos. Um total de 222 indivíduos foram capturados. Vinte e duas espécies de morcegos, distribuídas em três famílias, Phyllostomidae (14 espécies), Vespertilionidae (sete espécies) e Molossidae (uma espécie) foram assinaladas neste estudo, atualizando a lista de espécies do PNI. Dentre estas, destacam-se os registros de Platyrrhinus recifinus, Mimon bennettii e Myotis ruber, que constam como vulneráveis na lista da “Fauna ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro”. A riqueza esperada para o PNI, calculada pelo índice de Chao, é de 28 espécies, sugerindo que o levantamento está 78,8% completo. A diversidade de espécies, obtida pelo índice de Shannon é 2,10. Sturnira lilium é a espécie mais freqüente (40,54%). A taxocenose de morcegos no PNI mostrou maior riqueza de espécies insetívoras. A faixa altitudinal de 500−1000 m apresentou maior abundância e riqueza, diminuindo esses números com o aumento da altitude, corroborando desta forma a Regra de Stevens. Espécies da família Vespertilionidae e a guilda trófica insetívora apresentaram ampla distribuição altitudinal, estando presente ao longo de todo gradiente. Os resultados mostram a importância de amostragem em regiões elevadas e de estudar a relação da variação da riqueza com a altitude.