O processo avaliativo no Transtorno do Espectro Autista (TEA): atuação do neuropsicólogo no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martins, Guilherme Domingos lattes
Orientador(a): Pires, Emmy Uehara lattes
Banca de defesa: Pires, Emmy Uehara, Rocinholi, Luciene de Fátima, Fioravanti, Ana Carolina Monnerat
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14486
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento com início precoce. É caracterizado por prejuízos persistentes nas habilidades de interação e comunicação social e por atividades, interesses e comportamentos restritos e repetitivos em múltiplos contextos. Apesar estar presente nos primeiros anos de vida, o diagnóstico ocorre em média após os 3 anos de idade, o que dificulta a inserção em programas de intervenção. Para além dos prejuízos mencionados o TEA impacta diretamente a linguagem e habilidades cognitivas dos sujeitos, causando prejuízos de vida diária. Para alcançar este objetivo, dividiu-se em duas partes: A primeira consistindo em uma revisão sistemática de literatura, compreendendo o período de 10 anos (2008-2018), através da metodologia PRISMA. Foram selecionados 16 estudos empíricos. Observou-se: 1) a escassez de estudos nacionais sobre a avaliação do Autismo na primeira infância; 2) que as crianças com melhores interações sociais, cognitivas e índices de atenção compartilhada também possuíam maior desempenho linguístico. Tendo em vista os achados, na segunda etapa da pesquisa investigou-se a atuação de 24 neuropsicólogos clínicos do estado do Rio de Janeiro. Através do preenchimento de 23 questões no formulário virtual Google Forms. Observou-se que 75% dos encaminhamentos para avaliação partem de outros profissionais de saúde, bem como a prevalência de atendimento de crianças e adolescentes e o desafio de se avaliar por conta do número restritos de instrumentos específicos para o TEA disponíveis no Brasil. Os dados obtidos nos dois estudos trazem discussões importantes acerca do cenário nacional de pesquisa e atuação no campo da neuropsicologia clínica no contexto do autismo. Por fim, ressalta-se a importância tanto em estudar o transtorno quanto em desenvolver medidas sensíveis e psicometricamente compatíveis com as particularidades da população.