Estabelecimento de espécies florestais nativas da Mata Atlântica plantadas em áreas degradadas no entorno da Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: França Junior, Hercides Marques lattes
Orientador(a): Campello, Eduardo Francia Carneiro lattes
Banca de defesa: Uzêda, Mariella Camardelli, Balieiro, Fabiano de Carvalho
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10470
Resumo: As ações de recuperação de áreas degradadas no bioma Mata Atlântica tem sido amplamente empregadas, devido ao atual estágio de redução do bioma e ainda persiste uma demanda crescente de estudos relacionados ao problema. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o estabelecimento de espécies florestais nativas da Mata Atlântica plantadas em duas áreas degradadas localizadas em mata ciliar. Os plantios foram realizados entre maio de 2008 e setembro de 2011 no entorno da Reserva Biológica do Tinguá, município de Nova Iguaçu-RJ. No sítio 1 avaliou-se dois plantios, o plantio 1 aos 22 meses de idade e espaçamento 1 m x 1m e o plantio 2 aos 8 meses de idade e espaçamento 2 m x 2 m, no sítio 2 foi avaliado um plantio com percentuais distintos de leguminosas arbóreas por tratamento (75%, 50%, 25% e 0), aos 47 meses de idade e espaçamento de 2 m x 2 m. Foram analisadas as composições química e granulométrica dos solos nos diferentes plantios e posteriormente avaliou-se o diâmetro à altura do solo (DAS), diâmetro à altura do peito (DAP), a altura total e a área de copa das diferentes espécies plantadas. Os resultados mostraram que as espécies Angico-vermelho (Anadenathera colubrina (Vellozo) Var. Cebil (Griseb.)), Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), Babosa-branca (Cordia superba Cham.), Canafístula (Peltophorum dubium Sprengel.), Castanha (Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns), Cutieira (Joanesia princeps Vell.), Guapuruvu (Schizolobium parahyba Vell.), Paujacaré (Piptadenia gonoacantha Mart.), Ingá ferradura (Inga sessilis (Vell.) Mart.) e Paineira (Ceiba insignis (KUNTH) P.E. Gibbs&Semir) apresentaram elevada sobrevivência e elevado estabelecimento. As espécies Araça (Psidium cattleianum Sabine), Goiaba (Psidium guajava L.), Ipê-tabaco (Tabebuia crysotricha (Mart. ex DC) Standl.), Ipê-roxo (Tabebuia heptaphyla (Vellozo) Toledo), Cabeludinha (Myrciaria glazioviana Seeds) e Canela-sassafrás (Ocotea odorífera (Vellozo) J.G.RohWer) apresentaram baixo desenvolvimento ou elevada mortalidade. O Plantio 1 (adensado) obteve a taxa mais elevada de sobrevivência, proporcionou rápida cobertura do solo, contribuindo para o desenvolvimento e o estabelecimento das espécies não pioneiras. No sítio 2, o plantio 75%, no qual consta a maior proporção de leguminosas, apresentou a maior taxa de sobrevivência, propiciou a cobertura do solo mais rápida da área plantada, obteve a maior média em crescimento e incremento em DAP. Plantios adensados proporcionaram menor incremento em DAP e maior crescimento em altura total.