A Matemática Rikbaktsa para o povo Rikbaktsa: Um olhar da etnomatemática na Educação Escolar Indígena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Polegatti, Geraldo Aparecido lattes
Orientador(a): Mattos, José Roberto Linhares de lattes
Banca de defesa: Nascimento, Eulina Coutinho Silva do, Buriasco, Regina Luzio Corio de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12179
Resumo: A Educação Escolar Indígena com professores indígenas é uma realidade e também um grande desafio para os educadores, mas além do desafio é uma fonte contemporânea riquíssima para pesquisas educacionais. A sua maior dificuldade está justamente na sua grande diversidade cultural que encontra nas escolas indígenas o local de diálogo solidário entre a cultura indígena onde a escola esta inserida e a cultura do não índio fundamental para sua interação com a sociedade universalizada. Para a Educação Matemática o desafio começa a ser equacionado por uma abordagem etnomatemática de seus conteúdos curriculares. Um currículo etnomatemático que contextualiza de forma transdisciplinar a cultura matemática do povo, no qual o processo de ensino e aprendizagem está sendo efetuado, é primordial, pois a etnomatemática traz à tona o diálogo cultural para as aulas de matemática situando o conhecimento formalizado da matemática como parte da produção criativa do ser humano. Nesse cenário, para que o professor rikbaktsa de matemática possa contextualizar a “Cultura Matemática” dos Rikbaktsa em suas aulas, apresentamos tópicos dessa “Cultura Matemática” em sua maneira peculiar de nomenclatura decimal pelos dedos das mãos, na construção de suas canoas, flautas e moradias, pela feitura de suas roças e no cocar de sua arte plumária. Todos esses tópicos pedem ser contextualizados, despertando a curiosidade dos alunos indígenas, sensibilizando o ensino e aprendizagem da matemática formal. Nessa pesrpectiva, o conhecimento formalizado soa como algo familiar para os alunos indígenas. A função afim se torna a “função das flautas” e a função quadrática se transfoma em a “função da canoa”. Vemos também em nossa pesquisa que a abordagem etnomatemática promove o elo entre as demais etnomatemáticas e dessas, pela ótica da transdisciplinaridade, faz o elo das etnomatemáticas com as demais culturas humanas tornando o currículo, nessa abordagem, contextualizado e articulado de forma dinâmica.