No silêncio entre as palavras: um atalho nos caminhos da docência
| Ano de defesa: | 2020 |
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| Autor(a) principal: |
Teixeira, Luana da Silva
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| Orientador(a): |
Carvalho, Carlos Roberto de
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| Banca de defesa: | , , |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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| Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: | |
| Área do conhecimento CNPq: | |
| Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13101 |
Resumo: | Este trabalho analisa o fenômeno literário no âmbito da prática docente inicial, por meio de um relato autobiográfico, a partir do qual a autora vem rememorando um caminho de encontros e reencontros com a arte literária. Caminho este que se inicia em sua trajetória de formação escolar e posteriormente se reconfigura em sua formação e prática docente. Compreende-se que o trabalho docente tem caráter singular por se tratar de um oficio em que se estabelece relações estritamente humanas. Neste contexto, a pessoa docente alcança a necessidade de construir saberes diversos que podem advir de várias fontes. Assim, nesta pesquisa que é de caráter fenomenológico, o enfoque se concentra no saber estético, o qual é reconhecidamente necessário à prática educativa. A escolha pela escrita autobiográfica se justifica pela relação intrínseca estabelecida entre a autora e a obra literária. Desta forma, o contexto de linguagem oferecido pela leitura literária, vem sendo explorado por ela como uma possível fonte de saber estético. Assim, a autora pode pensar sua própria prática, seguindo por atalhos que perpassam o silêncio que há entre as palavras e se entrecruzam nos perímetros da docência. Bakhtin (2011), nesta perspectiva, contribuiu profundamente para o nascimento da escrita desta pesquisa, que de forma original, se caracteriza em uma narrativa poética, que pode levar o leitor a uma experiência estética literária. As reflexões iniciais se firmam a partir de um estado da arte que registra um levantamento de pesquisas que também analisam a literatura no âmbito da prática e da formação docente. Tal levantamento tem sua relevância por indicar atalhos literários já construídos em outras pesquisas, contribuindo para que este novo atalho se instaure a partir de um caminhar próprio. Em seguida, a autora reinicia sua própria história refletindo sobre seu processo de constituição docente e, posteriormente, sobre a relação que estabelece com a literatura em sua prática docente. Para tal, a autora se permeia com sua escrita poética em um diálogo polifônico com diversos autores: pensadores da Educação, como Paulo Freire (1996); Heidegger (2015), que contribui com o pensamento filosófico sobre a questão do ser; Todorov (2009), que traz importantes reflexões sobre o potencial estético da obra literária; e, entre tantos poetas e autores literários, se destacam Rilke (2007), Bartolomeu de Queirós (2007), Exupéry (2015) e Clarice Lispector (2009), autores que lhe tocam mais profundamente por terem permeado em sua trajetória de forma bastante significativa. Para estabelecer um olhar exotópico sobre sua própria trajetória, a autora encontra, em suas fotografias, janelas que abrem portas para um retorno a si mesma de forma que possa registrar, por meio de uma narrativa poética, a pessoa docente que vem se tornando até então. Para entender a referida relação com suas próprias fotografias o diálogo com Barthes (1984) foi de fundamental importância. Destacamos que este caminho se perfaz na experiência artística literária refletida não só no próprio processo de construção desta escrita, mas também no diálogo com Benjamin (1994) e Larrosa (2014). Sendo assim, o diferencial neste trabalho nasce nos olhos de uma doce menininha que surge para conduzir o seu interlocutor por entre atalhos literários que foram construídos em um caminho docente que nem sempre foi doce. |