A Missa da Unidade entre faixas e crucifixos: hierarquia e política na Diocese de Nova Iguaçu, 1982.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Serafim, Adriana da Silva lattes
Orientador(a): Damasceno, Caetana Maria lattes
Banca de defesa: Sousa, Jessie Jane Vieira de, Fortes , Alexandre
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13983
Resumo: Este trabalho visa, dentre outros objetivos, investigar aspectos da história da Diocese de Nova Iguaçu, instituição que completou cinquenta anos de fundação em 2010. Buscamos analisar o papel da Diocese nas relações religiosas, sociais e políticas locais durante o período de “abertura política”. Dentro dessa temporalidade focamos o ano de 1982, marcado pela disputa eleitoral que movimentou a cena política em âmbitos local e nacional. Para tal, tomamos como fonte primária um conjunto de fotografias digitalizadas que retratam a Missa da Unidade, ocorrida em 1982. Esse ritual é abordado como um “evento crítico” porque através da forma como os presentes se expressaram nele foi possível detectar a ocorrência de um conflito envolvendo um sacerdote, o Padre Valdir Ros, e o bispo diocesano, Dom Adriano Hypólito. Ao recuperarmos a história do conflito percebemos que este foi construído ao longo do tempo, não existindo desde o momento em que os religiosos passam a trabalhar na mesma diocese. A análise do contexto de mudança eclesial proporcionada pelo Concílio Vaticano II contribui para compreendermos a atuação pastoral da instituição. E o contexto de ditadura militar aproxima a Igreja Católica dos “pobres”, em defesa da “justiça social” e dos direitos humanos. Nessa conjuntura, a “presença” da Diocese de Nova Iguaçu na Baixada Fluminense se materializa na atuação junto aos movimentos sociais e no apoio a lideranças políticas ligadas aos partidos e grupos perseguidos pela repressão. Essa atuação desperta a oposição de uma parte do clero, sendo verificada maior radicalidade no posicionamento do Pe. Ros. Esse conflito religioso assume características de um conflito político; subjazem disputas relacionadas ao pleito eleitoral e à situação fundiária local.