A Razão Prática no pensamento de Immanuel Kant e a relação com a práxis humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Almeida, Allyson Pereira de lattes
Orientador(a): Duarte, Michelle Bobsin
Banca de defesa: Duarte, Michelle Bobsin, Cordeiro, Renato Valois, Efken, Karl Heinz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13509
Resumo: O propósito desta dissertação consiste em discorrer sobre os principais elementos que constituem a razão prática em Immanuel Kant e a sua relação com a práxis humana. Este objetivo se faz necessário frente às críticas que buscam apresentar o discurso moral kantiano a partir das ideias de formalização sem matéria ou de um rigor excessivo. Na tentativa de possibilitar uma compreensão mais apurada das afirmações de Kant sobre a razão prática, dividiremos esta pesquisa em três partes. No primeiro momento, analisaremos, de forma detalhada, os principais elementos e asserções presentes na Fundamentação da Metafísica dos Costumes (FMC, 1785). O intuito deste objetivo consiste em constituir a arquitetônica da razão prática de Kant destacando as suas principais noções. Dentre elas, podemos citar: a noção de boa vontade enquanto fundamento da “filosofia moral popular” e a ideia de dever, o desenvolvimento da noção de lei mediante os imperativos e, por fim, a noção de liberdade, tida como alicerce constituinte do uso prático. Para o filósofo alemão, os imperativos se subdividem em dois grupos: por um lado temos os Imperativos Hipotéticos (IH) e, por outro, encontramos o Imperativo Categórico (IC). Assim, com base nesse pressuposto, após uma breve distinção inicial entre os mandamentos utilizados para apresentar a lei, iremos discorrer, num segundo momento, sobre o IC e as suas reformulações, assim como tentaremos evidenciar a relação existente entre a regra prática do dever e a práxis humana. Por fim, num terceiro momento, mantendo como propósito a importância de entender, com base na unidade da razão, os usos nos quais ela se apresenta, iremos refletir sobre a liberdade, pois este conceito é essencial para a nossa discussão. Para alcançarmos a finalidade proposta pelo trabalho, utilizaremos como base autores que corroboram e defendem a necessidade de um esclarecimento das posições assumidas por Kant ao longo de suas obras. São eles: Allen Wood e Henry Allison, autores que constroem as suas reflexões mostrando a necessidade de entender a proximidade da razão prática com o mundo empírico, e Otfried Höffe e Paul Guyer que, assim como os anteriores, nos possibilitam entender o uso prático de uma forma distinta daquela que comumente ele nos é apresentado. Por fim, esperamos que estes esclarecimentos nos ajudem a perceber, sob outra perspectiva, os postulados utilizados pelo filósofo alemão na construção arquitetônica de seu sistema.