“Mas e você, tá a fim de que?!”. Encenando no Grindr e Hornet: análise da sociabilidade masculina na rede dos aplicativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Diego Couto dos lattes
Orientador(a): Luna, Naara Lúcia de Albuquerque lattes
Banca de defesa: Luna, Naara Lúcia de Albuquerque, Pereira, Luena Nascimento Nunes, Sívori, Horacio Federico
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11517
Resumo: O presente trabalho teve como proposta analisar os aplicativos de celular Grindr e Hornet voltados para promover interação afetivo-sexual entre homens. Buscou-se sinalizar e analisar códigos de conduta e etiqueta digital, mecanismos produtores de hierarquia e distinção entre pares e mecanismos de valoração entre os usuários dos aplicativos que refletiam lógicas pautadas por marcadores sociais de diferença como gênero, raça, classe e HIV/AIDS. Buscou-se destacar como os códigos e maneiras de se portar e utilizar os aplicativos poderiam refletir valores partilhados pelos atores fora do ambiente online. A metodologia utilizada para realizar tal análise foi de observação participante direta, quando o pesquisador faz parte do meio estudado, e a aplicação de questionários com voluntários dispostos no auxílio da pesquisa. Nesse processo foram analisados 202 perfis de usuários, observando aquilo que chamamos de imagens de si e dizeres ao mundo, numa dinâmica que pode ser entendida pela associação de avatar, profile e descrição de si nessas redes de relacionamento. Associado à análise desses perfis, foram aplicados 40 questionários on line com perguntas que contemplavam temáticas relacionadas ao corpo, sexualidade, saúde, HIV/AIDS e maneiras de se comportar e utilizar os aplicativos analisados. Como resultados preliminares, podemos ressaltar a produção e valorização de performances de masculinidade que podem regular as preferências dos usuários por possíveis parceiros. Outro fator determinante para o sucesso das interações é o de compreender e utilizar os códigos corretos de conduta digital no tempo e situações apropriadas. Concluímos também que os marcadores sociais de diferença funcionam como reguladores e direcionadores de envolvimento dentro desses aplicativos.