Educação e percepção ambiental em parques nacionais da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lucas, Isabella Leite lattes
Orientador(a): Rocha, Flavia Souza lattes
Banca de defesa: Rocha, Flavia Souza, Fontoura, Leandro Martins, Pereira, Gustavo Simas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15699
Resumo: Séculos de uma percepção dicotômica entre homem e natureza somados à exploração e negligência da mesma levaram a um momento em que diversos limites planetários têm sido extrapolados. Essa constatação leva a uma necessidade urgente de mudança do modelo societário e civilizacional vigente, tendo a Educação Ambiental Crítica um papel fundamental nesse processo. Através da construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes, a Educação Ambiental Crítica busca uma transformação para um modelo de sociedade sustentável. Visto que a maior parte da população brasileira reside na área da Mata Atlântica e que este bioma abriga diversas realidades sociais e econômicas, é fundamental que a Educação Ambiental Crítica seja trabalhada nesta região, em conjunto com estudos de Percepção Ambiental, possibilitando a compreensão das inter-relações entre os indivíduos e o meio ambiente, assim como trocas de conhecimentos entre a comunidade local e científica. Essas ações podem contribuir para que a comunidade se envolva no planejamento e desenvolvimento regional, para que o ensino de Educação Ambiental seja repensado e adaptado para cada realidade, e para que os recursos naturais sejam utilizados de maneira mais racional. Nesse sentido, Parques Nacionais são atores importantes, pois afetam e são afetados pelas comunidades que moram no entorno ou dentro deles. Dessa maneira, o presente estudo tem o objetivo de avaliar como e se são feitas ações de Educação Ambiental em cada Parque Nacional da Mata Atlântica, como é seu planejamento e avaliação, se eles recebem algum retorno sobre os impactos das atividades e se existem estudos sobre a percepção ambiental das comunidades no seu entorno. Para tal, os Planos de Manejo dessas Unidades de Conservação foram analisados, questionários foram enviados para os gestores dos Parques através da plataforma online Question Pro e estudos em diversos portais de pesquisa foram realizados. A partir disso, foi possível constatar que, em muitos Parques, a Educação Ambiental é considerada uma importante ferramenta para a sensibilização da população e para o estímulo a sua participação, embora raramente seja abordada de forma crítica. Além disso, apesar dos planejamentos para a implantação de programas de Educação Ambiental nas Unidades de Conservação, muitas vezes a falta de recursos financeiros e humanos impede a execução integral desses planos. Por fim, poucos Parques recebem algum retorno sobre o que foi assimilado nas ações e são raras as pesquisas voltadas para a Percepção Ambiental, com o tema geralmente aparecendo brevemente dentro de outros estudos. Essa falta de dados impossibilita a comparação de impressões das comunidades antes e após as atividades de Educação Ambiental, não sendo possível afirmar até que ponto elas estão influenciando suas relações com o meio ambiente e com os Parques Nacionais. Apesar da impossibilidade de destacar o papel exclusivo da Educação Ambiental nesse processo, ficou claro que essas atividades, em conjunto com a criação de conselhos consultivos e a realização de consultas públicas e reuniões, têm integrado cada vez mais os Parques Nacionais da Mata Atlântica com suas comunidades do entorno