Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Schulz, Daniel Filisberto |
Orientador(a): |
Godoy, Ronoel Luiz de Oliveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10941
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Resumo: |
A histamina é uma importante amina biogênica encontrada em pescados como atum, cavala, bonito e sardinha, e em alimentos fermentados como queijos, salames e chucrutes. Sua presença nesses alimentos não deve ultrapassar certos limites pois a ingestão dessa substância, em quantidades que variam de acordo com a pessoa, pode causar intoxicação escombróide, cujos principais sintomas são: dores abdominais, vômitos, diarréia, dor de cabeça, eritema, urticária e hipotensão, esta última podendo levar a morte, principalmente em idosos, crianças e cardiopatas. As autoridades sanitárias têm se empenhado cada vez mais em garantir que os alimentos possíveis de causar intoxicação escombróide sejam vetados ao comércio. De março de 2003 a agosto de 2007, na União Européia, foram feitas 223 notificações RASFF para atum ou derivados, sendo que 99 concerniam a elevados índices de histamina. O Brasil, sendo país exportador de atum, deve se preocupar em garantir a qualidade do pescado que envia para seus compradores, sob pena de enfrentar barreiras técnicas que impossibilitarão a comercialização futura do pescado brasileiro. Com os avanços nas metodologias de detecção e quantificação de histamina na Europa, utilizando técnicas mais precisas e sensíveis, a tendência é que o número de notificações ou mesmo a proibição da importação do atum brasileiro cresça, caso o país não modernize suas metodologias de análise. A UE preconiza que as análises sejam feitas utilizando a cromatografia liquida de alta eficiência. Diante disso a proposta deste trabalho foi desenvolver um método adaptado às condições dos laboratórios brasileiros, utilizando um reagente fácil de manipular e que envolvesse poucas etapas, objetivando rapidez e praticidade, inserindo menos erro à análise, além de gerar um derivado estável da histamina à temperatura ambiente, possibilitando uma análise noturna em equipamentos com injetores automáticos. O método desenvolvido oferece boa resolução e limites de detecção e quantificação bem abaixo dos limites estabelecidos pela legislação, 1,6mg/Kg e 33,84mg/Kg, respectivamente. A extração é feita com ácido perclórico 6% utilizando-se aproximadamente 5g de amostra, e não necessita de limpeza prévia ou posterior, apenas centrifugação, filtragem e secagem em dessecador. A derivatização com AQC é rápida e a manipulação do reagente é simples. A eluição é realizada com fase móvel AcN e H2O adicionada de 0,001% de trietilamina, eluindo em gradiente, iniciando com 1% de AcN, chegando a 60% com 25 minutos de análise, após eluição total dos componentes da matriz. O tempo total da análise, incluindo estabilização final da coluna com AcN 1% é de 30 minutos. O tR médio da histamina derivatizada é 18,339 minutos. Os parâmetros de validação intralaboratorial avaliados garantiram a eficácia do método, podendo essa metodologia no futuro ser repassada ao INMETRO e se tornar um método oficial de referência para análise de histamina no Brasil. |