Aspectos clínico-patológicos e laboratoriais do envenenamento crotálico experimental em bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Graça, Flávio Augusto Soares lattes
Orientador(a): Tokarnia, Carlos Maria Antônio Hubinger lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9657
Resumo: Reproduziu-se experimentalmente o envenenamento crotálico, através da inoculação, por via subcutânea, do veneno de Crotalus durissus terrificus (Cascavel sul-americana) em dez bovinos mestiços, com peso variando entre os 125 e 449 quilogramas e idade entre 12 e 36 meses. Dois animais na mesma faixa etária e padrão racial foram utilizados como controle. O animal que recebeu dose de 0,03 mg/kg p.v. foi a óbito 7h40min após a inoculação. A dose de 0,015 mg/kg p.v. induziu o óbito em quatro de sete bovinos inoculados, enquanto os dois animais que receberam 0,0075 mg/Kg, adoeceram discretamente e se recuperaram. Os sintomas tiveram início entre 1h30min e 13h45min após a inoculação. A evolução oscilou entre 5h25min e 44h59min para os animais que morreram e entre 33h15min e 17 dias entre os animais que se recuperaram. Os principais sinais nervosos observados foram diminuição da resposta aos estímulos externos, reflexos hipotônicos, arrastar dos cascos no solo, aparente letargia, paralisia do globo ocular e da língua, decúbito esternal e lateral. Verificou-se também adipsia constante e petéquias nas mucosas vaginal e conjuntival. Observaram-se discreto a moderado aumento do tempo de sangramento em seis animais e moderado aumento do tempo de tromboplastina parcial ativada em sete bovinos. Houve moderada leucocitose com neutrofilia, linfopenia relativa, eosinopenia, monocitose e discreto aumento do número de bastões. Foi evidenciado significativo aumento dos níveis séricos de creatinaquinase, da ordem de dez vezes. Não foram observadas alterações significativas através da urinálise. À necropsia constataram-se edema quase imperceptível no local da inoculação, discretas petéquias e sufusões no epicárdio, omento, vesícula biliar e mucosa da bexiga. Os exames histopatológicos revelaram necrose (hialinização) de grupos de miócitos ou em miócitos isolados em dez diferentes músculos esqueléticos examinados, próximos ou distantes do local de inoculação. Diante do quadro clínico-patológico foram feitas observações sobre o diagnóstico do envenenamento crotálico e sua diferenciação com enfermidades que cursam com paralisia e necrose muscular em bovinos do Brasil.