Risco de incêndios associado a mudanças da paisagem e eventos climáticos na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jesus, Carolina Souza Leite de lattes
Orientador(a): Delgado, Rafael Coll lattes
Banca de defesa: Delgado, Rafael Coll lattes, Wanderley, Henderson Silva lattes, Pereira, Marcos Gervasio lattes, Rodrigues, Rafael de Ávila lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11291
Resumo: A influência humana nas mudanças climáticas aumentou a ocorrência de eventos extremos e tornou ondas de calor e secas mais frequentes e severas, o que leva ao aumento do número de incêndios florestais. Esse trabalho tem o objetivo de desenvolver um modelo com o uso da estatística Autoregressive Integrated Moving Average Model (ARIMA) para avaliar o perigo de ocorrência de incêndios florestais para periodos climáticos passado e futuro, em função da mudança da paisagem e eventos climáticos, no Estado do Rio de Janeiro no futuro; a fim de prover informações que sirvam de subsídio para criação de políticas que visem evitar ou minimizar sua ocorrência. Foram utilizadas imagens do sensor Thematic Mapper e o sensor Enhanced Thematic Mapper no período de 1985 a 2015 com o objetivo de classificá-las em área antropizada e floresta. Foi utilizado um conjunto de variáveis meteorológicas em escala diária e mensal para o período de 1985 a 2015 para cálculo do índice F em escala mensal. O ARIMA foi utilizado para simular os dados observados e futuros do índice F até o ano de 2030. Os resultados mostram maiores valores de Normalized Difference Fraction Index (NDFI) em áreas ao sul e sudoeste do estado, coincidindo com as áreas de maior predominância de Mata Atlântica. As regiões mais degradadas estão a nordeste e norte e o ano de 2000 apresentou maior área de floresta degradada. Por meio da análise do índice F para o passado foi possível observar aumento gradativo de incêndios, que foram associados à ocorrência de eventos extremos, principalmente a La Niña. O uso da modelagem ARIMA permitiu identificar que houve mudança de classe de alto para muito alto quanto ao perigo de incêndio do passado e futuro. Em 2030 o valor mínimo do índice F atingiu 2.98, sendo considerado muito alto em maio e junho. Analisando todo o período futuro mensalmente, os maiores valores de perigo de incêndio foram encontrados nos meses de agosto e setembro. É importante que sejam tomadas medidas para minimizar os efeitos das mudanças climáticas, já que tais mudanças provocam maior ocorrência de eventos extremos, que por sua vez causam mais incêndios.