Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Mateus Marques
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Orientador(a): |
Carvalho, Daniel Fonseca de
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Banca de defesa: |
Carvalho, Daniel Fonseca de,
Pinto, Marinaldo Ferreira,
Schultz, Nivaldo,
Pereira, Carlos Rodrigues,
Resende, Alexander Silva de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9026
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Resumo: |
O aumento da demanda por mudas de espécies arbóreas nativas torna importante a identificação dos fatores de produção que afetam a qualidade de mudas florestais, como necessidade hídrica e luminosidade. A eficiência hídrica, os indicadores de crescimento e parâmetros de qualidade foram avaliados em seis espécies nativas da Mata Atlântica, mediante a condução de experimentos no período de setembro de 2018 a dezembro de 2019. Foram conduzidos dois grupos de experimentos: (i) em estufa, na fase de produção de mudas, quando quatro níveis de reposição hídrica foram aplicados por gotejamento em mudas de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake, Cytharexylum myrianthum Cham. e de Ceiba speciosa Ravenna, e em seguida, na fase de crescimento inicial e com reposição hídrica uniforme; e (ii) em bancadas ao ar livre, quando mudas das espécies Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth., Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr e Hymenaea courbaril L. foram produzidas em quatro níveis de sombreamento. Em todos os experimentos, na fase de produção de mudas, utilizou-se o manejo automatizado de irrigação, com registro e armazenamento instantâneo do número e tempo de acionamento da irrigação. O biossólido foi utilizado como substrato na fase de mudas (tubetes de 280 cm-3) e material de solo arenoso na fase inicial de crescimento (vasos de 18 dm-3). De forma geral, as mudas do primeiro grupo de experimentos apresentaram crescimento acima dos padrões aplicados para plantio em campo antes dos 80 dias após a emergência (DAE), para os tratamentos com maior reposição hídrica das mudas. Para os tratamentos com menor reposição de água, a recuperação das mudas foi rápida, e se deu a partir dos 30 dias após plantio em vasos. Na fase de mudas (de 20 a 80 DAE), S. parahyba, C. myrianthum e C. speciosa receberam, respectivamente, 2,40, 1,08 e 0,85 L por planta, para o tratamento com reposição de 100% da necessidade hídrica (V4). Na fase de crescimento inicial (de 80 a 230 DAE), os volumes totais de água irrigados foram, respectivamente, 70,0, 50,3 e 52,7 L por planta. As espécies arbóreas do primeiro grupo de experimento apresentaram baixa sensibilidade do crescimento em resposta ao déficit hídrico (menor que 0,5) e eficiência do uso da água distintas entre as fases de muda e crescimento inicial, com os maiores valores em função da altura (80,7 e 17,0 cm L-1) e do diâmetro (2,1 e 0,5 mm L-1) nas duas fases para a C. speciosa. Para o segundo grupo de experimentos, os volumes totais de água aplicados foram de 70,0; 50,3 e 52,7 L por planta, respectivamente, para D. nigra, A. leiocarpa e H. courbaril, apresentando melhores resultados nos níveis de sombreamentos de, respectivamente, 37 e 58%; 37% e a pleno sol. Maiores produtividades de água de irrigação (PAi) para as espécies D. nigra e A. leiocarpa estão associadas às mudas dos tratamentos que apresentaram melhor desempenho de crescimento e qualidade. Pode-se concluir que a aplicação de água em resposta à necessidade hídrica das mudas de espécies arbóreas, via manejo de irrigação automatizado, e a identificação da taxa de sombreamento ideal garantem a produção de mudas de qualidade e com baixo volume de água. |