Detecção de áreas de risco à desertificação no Estado do Rio de Janeiro com utilização de geotecnologias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Cátia Azevedo dos lattes
Orientador(a): Lyra, Gustavo Bastos
Banca de defesa: Francisco Júnior, José, Farias, Heitor Soares de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13292
Resumo: A desertificação é um processo relacionado à degradação da Terra, devido às atividades antrópicas, e, ou fatores naturais, como a variabilidade climática. A desertificação afeta cerca de dois terços dos países do mundo, e têm implicações nos setores econômico, social e ambiental, além de diminuir a qualidade de vida humana. O Estado do Rio de Janeiro apresenta variabilidade climática espacial, temporal e diversificadas atividades econômicas. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi identificar áreas de risco à desertificação no Estado do Rio de Janeiro, com base nos indicadores físicos (clima, solo, uso e ocupação da Terra, vegetação, características do relevo, unidades de conservação e geomorfologia), considerados na determinação de um índice de Áreas Ambientais Sensíveis (ESAI). Para determinar o ESAI, foram calculados os índices intermediários: Índice Físico de Qualidade do Solo (PLQI - geomorfologia, tipo de solo e declividade), Índice de Manejo do Solo (MQI – unidades de conservação e uso e ocupação da Terra) e Índice de Qualidade do Clima (CQI – chuva, índice de aridez e orientação do relevo). A partir desses índices intermediários foi possível obter o ESAI para as mesorregiões de governo e para os municípios. As faixas de susceptibilidade adotadas foram: Baixa, moderada e alta susceptibilidade calculadas para cada índice intermediário e para o ESAI. A maior parte do Estado foi classificado como não susceptível à desertificação. A região norte apresentou a maior porcentagem da classe baixa susceptibilidade (57,85 %), seguidas da região noroeste (31,96 %), Metropolitana (25,43 %), Baixada Litorânea (10,96 %) e Serrana (3,28 %). Para classe moderada, apresentaram maiores porcentagem a região noroeste (26,66 %), norte (57,85 %), serrana (2,60 %), Metropolitana (1,98 %) e Baixada Litorânea (0,60 %). Em relação aos municípios que apresentaram algum grau de susceptibilidade, destaca-se São João de Meriti com a maior porcentagem de áreas de baixa susceptibilidade (99,36 %) e município de Cardoso Moreira com maior classe de susceptibilidade moderada (48,02 %). O método foi eficiente em determinar áreas susceptíveis à desertificação, e serve como alerta para necessidade de medidas mitigadoras ou de adaptação aos processos de degradação ambiental.