Gestão em saúde e as relações de trabalho na Atenção Básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Juliana Ribeiro de lattes
Orientador(a): Oliveira, Valéria Marques de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Valéria Marques de, Borges, Lilian Maria, Pessoa, Yldry Souza Ramos Queiroz, Silva, Edneusa Lima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19671
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo compreender o papel do gestor de atenção básica através de seu trabalho de gestão em saúde e de sua interação com os demais trabalhadores da saúde no contexto de um município da região metropolitana do Rio de Janeiro. Para tal, realizou-se revisão de literatura, pesquisa descritiva e entrevistas guiadas por roteiro semi-estruturado com gestoras de duas unidades básicas de saúde do mesmo município, com o intuito de descrever o processo de trabalho do gestor de Atenção Básica no município, identificar fatores internos e externos à gestão que contribuam ou não para a promoção de saúde dos trabalhadores e discutir a construção dos vínculos entre gestores e trabalhadores da atenção básica. Junto a isso, o diário de campo compôs o grupo de materiais para análise. As entrevistas foram transcritas e os dados obtidos a partir das transcrições foram analisados junto ao diário de campo à luz da Análise Narrativa Dialógica Emancipatória. Como resultados, foram obtidas as macrocategorias Dados sociodemográficos e profissiográficos, Formação e contexto de atuação na atenção básica, Construção como profissional de saúde-enfermeira-gestora, Interação Gestora-Equipe, Aspectos precarizados do trabalho em Atenção Básica, Características do Território, Práticas gerenciais, Metas e indicadores, Interação gestora-comunidade, Inserção da pesquisadora no território, Contato com a instância responsável pelas gestoras, Momento das entrevistas e inserção no campo, Transcrição das entrevistas e contato mais aprofundado com o conteúdo. Os resultados apontam que a partir da figura da gestora de equipe de saúde da família, a gestão do trabalho em saúde no município em questão organiza-se com metas estabelecidas para atender aos indicadores de saúde para o território, no entanto atravessamentos característicos como elementos territoriais e elementos institucionais por vezes tornam seu trabalho de gestão mais dificultoso em relação ao preconizado. Conclui-se que o papel dessas gestoras extrapola as funções organizacionais do funcionamento do trabalho, mas ganha uma dimensão do cuidado extra-profissional, numa característica humanizada por enfrentar demandas extra-trabalho com os membros de sua equipe.