A reestruturação territorial- produtiva de Itaguaí: ascensão e crise de uma cidade-símbolo do novo desenvolvimentismo fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Chagas, Guilherme Mapelli lattes
Orientador(a): Oliveira, Leandro Dias de
Banca de defesa: Oliveira, Leandro Dias d, Oliveira, Floriano José Godinho de, Rocha, André Santos da, Botelho, Maurilio Lima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13790
Resumo: No decorrer desta década, a cidade de Itaguaí passou a se reconfigurar como um polo de desenvolvimento econômico; seja por ser sede do Porto de Itaguaí (antigo Sepetiba) – responsável pelo escoamento da produção de grande parte do estado do Rio de Janeiro – seja pela recente implantação de indústrias em seus limites (e no bairro contíguo de Santa Cruz). O território de Itaguaí tornou-se, assim, significativo no que concerne a inúmeros impactos sócio-espaciais e mudanças urbanas- produtivas. A presente pesquisa tem pretensões de avaliar o processo de reestruturação territorial-produtiva – caracterizar o cenário atual produtivo – e o seu reflexo, as suas marcas, em tal recorte espacial definido, tendo em vista o recorte temporal a partir do governo do Luiz Inácio Lula da Silva, do seu “novo desenvolvimentismo”. Período este em que o Estado voltou a atuar com mais força, emergindo a partir disso um modelo econômico com novas bases produtivas, com a tentativa de dinamizar a política industrial, e apresentando assim maior intervenção e regulação econômica do Estado, implicando em novos atores e novas dinâmicas a partir da retomada do pensamento desenvolvimentista. Configura-se um período em que o Estado se demonstra desenvolvimentista, mas com amarras neoliberais. Itaguaí passou a se inserir em um dos “territórios-ação” para abarcar os processos intrínsecos aos objetivos engendrados pelo retorno do papel do Estado com a problemática do desenvolvimento. Portanto, é imprescindível enunciar quais as marcas do “novo desenvolvimentismo” que se fazem presente no respectivo recorte espacial e de como este se faz apenas o lócus de concentração de atividades estimuladas por um “projeto” político-econômico iniciado a partir do governo Lula, que se concretiza deslocado de uma articulação com a esfera da administração local, não levando em questão as amarraras, as teias das relações presentes no território.