Efeito da Administração Perioperatória do Sulfato de Magnésio em Cadelas Anestesiadas com Propofol e Fentanil Para Ovariohisterectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Priscila Soares lattes
Orientador(a): Marinho, Bruno Guimarães lattes
Banca de defesa: Marinho, Bruno Guimarães lattes, Beier, Suzane Lilian lattes, Favarato, Lukiya Silva Campos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
dor
Palavras-chave em Inglês:
dog
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14180
Resumo: A anestesia balanceada envolve a administração de diferentes agentes para criar o estado anestésico. Essa abordagem evita a dependência exclusiva de opioides para controlar a nocicepção no período transoperatório e a dor no pós-operatório. Devido sua ação como antagonista do receptor NMDA, o sulfato de magnésio (MgSO4) reduz a sensibilização central causada pela estimulação nociceptiva periférica, demonstrando potencial efeito antinociceptivo e redutor de anestésico e analgésico, como já demonstrado em modelos animais e humanos. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da administração de sulfato de magnésio no requerimento anestésico de propofol e fentanil, na resposta ao estímulo nociceptivo durante o período transoperatório e na analgesia pós-operatória imediata de cadelas submetidas à ovariohisterectomia. Trinta e duas cadelas, sedadas com acepromazina 0,02 mg/kg intramuscular, foram divididas aleatoriamente por sorteio em quatro grupos: PMFA - MgSO4 e fentanil alta dose; PFA - NaCl 0,9% e fentanil alta dose; PMFB- MgSO4 e fentanil baixa dose; PFB - NaCl 0,9% e fentanil baixa dose. As pacientes foram induzidas com propofol 1mg/kg/min dose efeito, ato contínuo permaneceram em infusão contínua dos tratamentos selecionados, com titulação da taxa de propofol de acordo com as variáveis cardiorrespiratórias e plano anestésico. Caso houvesse incremento de 20% da FC, FR ou PAS, foi administrado fentanil 2,5mcg/kg. Durante o transoperatório, avaliou-se a dose de propofol necessária para indução e manutenção anestésica, efeito antinociceptivo transoperatório através das variáveis cardiorrespiratórias, com o requerimento de doses adicionais de fentanil, qualidade de indução, de intubação e de relaxamento muscular transoperatório. Após o término da cirurgia foram avaliados os tempos de extubação, de sustentação de cabeça e posicionamento espontâneo em esternal, a qualidade de recuperação anestésica e a avaliação da dor utilizando a escala de Glasgow e os parâmetros fisiológicos. A concentração sérica de magnésio total foi mensurada em três diferentes tempos. Quanto aos resultados, não houve diferença estatística significante entre os grupos em nenhuma das variáveis avaliadas. Entretanto, durante o transoperatório menos cadelas dos grupos PFMA (4/8), PFA (4/8), e PFMB (5/8) necessitaram resgate analgésico com fentanil quando comparado ao grupo PFB (7/8). Durante a recuperação anestésica, uma cadela no grupo PFMB e duas cadelas no grupo PFB necessitaram resgate analgésico com metadona. No trans e pós-operatório, a concentração média de magnésio sérico total foi estatisticamente maior do que o valor pré-operatório (p <0,001) nos grupos PFMA e PFMB. Este estudo não encontrou benefício clínico evidente na administração de sulfato de magnésio em cadelas sedadas com acepromazina e anestesiadas com fentanil e propofol em cirurgia de ovariohisterectomia