Ensaio clínico de diferentes doses de remifentanila em gatas anestesiadas com isofluorano e submetidas a ovariohisterectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Marcela Lemos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12528
Resumo: Introdução: A redução das doses dos fármacos obtidas com técnicas anestésicas balanceadas tem como propósito diminuir a incidência de efeitos adversos, com o objetivo final de melhorar os resultados e a segurança dos procedimentos anestésicos. Na prática veterinária, a anestesia balanceada é normalmente realizada com a combinação de anestésicos inalatórios e opioides sistémicos. Por outro lado, a adição de analgésicos opioides aos anestésicos gerais pode proporcionar bloqueio autonómico eficaz. Consequentemente, estudos clínicos que investigam a associação de opioides à anestésicos inalatórios são justificados para melhor definir seu papel clínico na anestesia felina. Objetivo: o objetivo deste estudo foi identificar uma dose que proporcionasse condições anestésicas e cirúrgicas ótimas, bem como comparar a resposta cardiovascular à estimulação cirúrgica, analgesia pós-operatória, duração e qualidade de recuperação anestésica entre as taxas de infusão de remifentanila testadas. Método: 27 gatas foram randomizadas para receber remifentanila 0,1 μg.kg.min-1 (REMI01), 0,2 μg.kg.min-1 (REMI02) ou 0,4 μg.kg.min-1 (REMI04). Após a pré-medicação anestésica com acepromazina, indução com propofol, os gatos foram ventilados mecanicamente e a anestesia foi mantida em aproximadamente 1,0 concentração alveolar mínima (CAM) de isofluorano (1,63% de isofluorano final da expiração (EtISO)). A taxa de infusão de remifentanila foi aumentada ou diminuída em 20% se a pressão arterial aumentasse ou diminuísse em 20% aos valores anteriores. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), temperatura esofágica, oximetria de pulso (SpO2), concentração de CO2 final (EtCO2) e EtISO foram registradas em diferentes pontos de tempo durante a cirurgia. Meloxicam foi administrado antes do final da cirurgia. Os dados dentro de cada grupo de tratamento foram analisados utilizando uma análise de variância de modelo misto (ANOVA) e o teste de Friedman seguido por Wilcoxon. Foram utilizados testes post-hoc de Bonferroni ou Dunnet. Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn pós-hoc foram usados para comparar dados entre os grupos, significância foi estabelecida em (p <0,05). Resultados: o tempo de decúbito esternal e o tempo de posição quadrupedal foram significativamente maiores no REMI04 do que nos outros grupos. A PAS foi maior quando comparada com os valores basais nos grupos REMI01 e REMI02 do que no REMI04. Não foi observada diferença significativa no FC entre os grupos. Um gato em REMI01 e outro em REMI02 necessitaram de analgesia de resgate pós-operatória. Conclusão: a dose de 0,4 μg.kg.min-1 é a mais apropriada para ser utilizado em gatas submetidas à ovariohisterectomia e anestesiadas com 1,0 CAM de isofluorano