Uso de extratos vegetais e terra diatomácea associados ao condicionamento fisiológico no tratamento e armazenamento de sementes de milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fonte, Renata Nápolis lattes
Orientador(a): Lopes, Higino Marcos
Banca de defesa: Lopes, Higino Marcos, Moreira, Luis Beja, Ferreira, Madelon Sá, Freire, Juliana Müeller, Silva, Otniel Freitas
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10047
Resumo: O armazenamento de sementes de milho é uma etapa crucial do processo de produção e quase sempre obrigatória, considerando a diferença entre a época de colheita e semeadura posterior. Na produção de sementes em cultivo orgânico, não existe abundância de trabalhos que estudem alternativas ao uso de inseticidas e funcigidas sintéticos. O presente trabalho avaliou os efeitos de extratos vegetais, terra diatomácea e funcigida comercial com captana como princípio ativo associados ao condicionamento fisiológico no tratamento e armazenamento de sementes de milho (Zea mays L.). Os extratos usados foram de pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), alho (Allium sativum L.) e tabaco (Nicotiana tabacum L.), detentores de propriedades antimicrobianas. A terra diatomácea é usada com sucesso no armazenamento de sementes na agricultura familiar, no controle de insetos do gênero Sitophilus, comumente chamados de “carunchos”. O condicionamento fisiológico engloba um conjunto de técnicas, que envolvem a exposição das sementes à embebição controlada de água, com benefícios para seu armazenamento. Foram realizados 3 experimentos. No primeiro foram usados os extratos botânicos e a terra diatomácea em pó, em sementes armazenadas em garrafas de polietileno (PET) por dez meses. No segundo, foram usados os mesmos produtos via osmocondicionamento, com posterior secagem até as sementes atingirem teores de água próximos a 10% e armazenamento por 8 meses. No terceiro, os produtos foram usados via hidrocondicionamento, seguido de secagem até teores próximos de 10% de água e armazenamento por 8 meses. Foram realizadas avaliações sobre a qualidade fisiológica (testes de germinação, velocidade de germinação, comprimento de plântula, massa seca de plântulas e teor de água) e sanitária (blotter test) a cada dois meses durante o período de armazenamento. O primeiro experimento foi delineado em esquema fatorial 6x6 (6 produtos: extrato de pimenta-do-reino, alho e tabaco, terra diatomácea, fungicida comercial e testemunha – nenhum produto e 6 pontos de avaliações durante os dez meses de armazenamento). O segundo e terceiro experimento foram delineados em esquema fatorial 6x5 (6 produtos e 5 pontos de avaliações durante os 8 meses de armazenagem). Os dados foram submetidos à análise estatística no programa Sisvar, usando regressão para períodos de armazenamento e teste Tukey (p<0,05) para produtos. Foi observada redução da qualidade fisiológica das sementes com o armazenamento em todos os experimentos realizados. O uso do extrato de pimenta-do-reino em pó resultou nas maiores porcentagens de germinação e primeira contagem da germinação. O extrato de alho associado ao osmocondicionamento resultou nos maiores valores de sementes germinadas ao final do armazenamento. O hidrocondicionamento associado ao extrato de pimenta-do-reino resultou nos maiores valores de índice de velocidade de germinação, comprimento de plântulas e massa seca de plântulas. Em relação à qualidade sanitária, foram encontrados com maior frequência espécies dos gêneros Rhizopus, Penicillium e Fusarium. O fungicida apresentou melhores resultados no controle desses patógenos, na maioria das avaliações, porém, foi superado pelo uso do extrato de alho associado ao osmocondicionamento no controle de Rhizopus e Penicillium e foi similar ao uso de terra diatomácea e extrato de fumo associados ao hidrocondicionamento no controle de Rhizopus.