Desenvolvimento de comprimidos de fipronil para cães: farmacocinética e eficácia ectoparasiticida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Gabriela Carmelinda Martins dos lattes
Orientador(a): Cid, Yara Peluso
Banca de defesa: Braga, Raquel Rennó, Almeida, Vanessa Gomes Kelly
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14600
Resumo: O fipronil (FIP) é um inseticida pertencente a classe dos fenilpirazóis. É amplamente utilizado na agricultura e na medicina veterinária. Seu mecanismo de ação está envolvido no bloqueio da transmissão de sinal devido ao antagonismo dos receptores γ-aminobutíricos (GABA) presentes nos ácaros e nos insetos. O aumento do convívio entre humanos e animais de estimação faz com que haja preocupação com a prevenção e tratamento das infestações por pulgas e carrapatos. Os produtos disponíveis no mercado para o tratamento de ectoparasitas em cães e gatos encontram-se em sua maioria na forma tópica, no entanto estão associados a danos causados para o animal, proprietário e para o meio ambiente, devido a exposição não controlada ao fármaco, levando a necessidade de desenvolvimento de novos produtos. As formas farmacêuticas para administração oral de fármacos são as mais utilizadas pela conveniência que proporcionam, constituindo uma via de administração não invasiva e por possuírem baixo custo. O objetivo do presente estudo foi o delineamento farmacotécnico e o controle de qualidade físico-químico de comprimidos de liberação imediata de fipronil, bem como determinar a sua farmacocinética e a eficácia ectoparasiticida em cães. Os resultados demonstraram que foi possível produzir comprimidos de FIP obedecendo os critérios estabelecidos na Farmacópeia Brasileira. Os estudos de liberação in vitro demonstraram que o melhor diluente a ser utilizado no desenvolvimento dos comprimidos é a lactose devido ao adequado perfil de liberação para comprimidos de liberação imediata. O FIP administrado pela via oral na dose de 2 mg/kg atingiu a circulação sistêmica (Cmax = 2,17 ± μg/mL) sendo rapidamente absorvido (tmax = 2,67 ±1,37 h) e metabolizado, uma vez que seu metabolito SULF apresentou Cmax =1,32 ± 0,55 μg/mL em um tmax = 3,5 ± 1,23 h. Tanto a sua eliminação como a da SULF ocorreram de forma lenta, (t½ = 385,93 ± 405,31 h) e (t1/2 = 385,93 ± 36,26 h) respectivamente, mantendo níveis plasmáticos quantificáveis no sangue por até 28 dias após o tratamento. O teste de eficácia carrapaticida e pulicida demostrou que o FIP administrado por via oral na dose de 2 mg/kg apresentou eficácia pulicida média de 80% contra C. felis felis por 15 dias após o tratamento, no entanto não apresentou eficácia carrapaticida contra R. sanguineus