Levantamento e caracterização de fungos e pseudofungos causadores de “oídio” e “míldio” no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Jonas Dias de lattes
Orientador(a): Inácio, Carlos Antonio lattes
Banca de defesa: Inácio, Carlos Antonio, Fraga, Marcelo Elias, Saggin Junior, Orivaldo Jose, Santos, Alvaro Figueiredo dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13580
Resumo: O reino Fungi engloba organismos distintos das plantas, animais e bactérias. Devido a estas e outras diferenças que demonstra que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e partilham de um ancestral comum (um grupo monofilético). Porém, este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares Myxomycetes (Protista ou Protozoa) e Oomycetes (Chromista, Straminipila ou Straminopila). Estão inseridos no reino Fungi um outro grupo conhecido como fungos anamórficos [antigos Hyphomycetes (Incl. Agonomycetes) e Coelomycetes] também tratados como imperfeitos, assexuados, deuteromicetos, deuteromicotina, deuteromicota, fungos conidiais que por sua vez faz parte de várias divisões (ou Filos) Ascomycota bem como alguns Basidiomycota. Uma grande diversidade de fungos que causam fitomoléstias está presente nestes grupos, que afetam de forma impactante ou não as plantas de interesse agronômico e plantas de crescimento espontâneo ou “daninhas” onde pode-se citar os membros de Erysiphales, que são em sua maioria hifomicetos causadores de doenças vulgarmente conhecidas como “oídios”, que se caracterizam pela formação de uma massa pulverulenta e esbranquiçada, constituída de micélio superficial, cujas hifas se fixam na superfície do hospedeiro por estruturas denominadas apressórios que por sua vez formam tubos de penetração e extrai nutrientes da planta hospedeira através de estruturas especializadas denominadas “haustório” formados no interior do tecido vegetal. Um outro grupo seria dos pseudofungos, causadores de “míldios”, membros de Peronosporales, que tem como estratégia de infecção em seus hospedeiros, zoósporos que nadam e muitas vezes encistam na superfície do mesmo e por sua vez penetram os tecidos (ex. células do estômato) da planta, após a infecção desenvolvem um micélio intercelular, geralmente denso, que em seguida desenvolvem hifas especializadas denominadas haustórios que penetram o interior das células vegetais para parasitar e se alimentar do hospedeiro que após a infecção exibe sintomas de manchas descoloradas translúcidas, por vezes recobertas por camadas pulverulentas. Este trabalho teve como objetivo a caracterização de fungos das ordens Erysiphales e Peronosporales associados a sintomas de “oídio” e “míldio” em plantas de interesse agronômico e espontâneas, presentes no Estado do Rio de Janeiro. Foram várias as amostras coletadas em diferentes locais no município de Seropédica, incluindo a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Fazendinha Agrobiologia e INCRA, e em outros municípios como Itaguai Recreio. Este material foi levado ao Departamento de Entomologia e Fitopatologia -DENF/ICBS, onde foi analisado através de microscopia óptica e estereoscópica nos Laboratórios de Micologia/Fitopatologia deste setor. Adicionalmente foram extraídos o DNA genômico dos fungos coletados e amplificados através da técnica de PCR e sequenciados, onde foram analisados 15 Erysiphales e 4 Peronosporales, dos quais somente em 1 membro de Erysiphales foi efetivamente efetuado. Dentre os membros de Erysiphales, foram encontradas 5 espécies em Cystotheceae (1 provável espécie nova), 4 em Golovynomyceteae, 3 em Erysiphae, 1 em Phyllactinae e em Peronosporales: 3 Peronospora e 1 Plasmopara. Estes fungos são descritos pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro.