Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Marina Alessandra Gomes de |
Orientador(a): |
MALOSSO, Elaine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20704
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Resumo: |
Os fragmentos de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro representam um abrigo para a diversidade de espécies e a redução de vários hectares de mata ao longo dos anos gera perda de diversidade, principalmente, da micobiota microscópica associada a esses ambientes. O desenvolvimento rural sustentável necessita de práticas menos agressivas ao ambiente e, dessa forma, os Sistemas Agroflorestais (SAFs), pela semelhança aos ecossistemas naturais em estrutura e diversidade, têm papel de destaque como alternativa para produção agrícola. Os ambientes de mata, assim como os SAFs, além de fornecerem diferentes substratos para a colonização fúngica, propiciam um ambiente com calor e umidade essenciais para o desenvolvimento de fungos. A micobiota microscópica em folhas em decomposição é composta principalmente por fungos conidiais. Esses fungos exibem grande diversidade de formas e adaptações, estando entre os principais decompositores da matéria orgânica. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo realizar um estudo de diversidade de fungos conidiais e biomassa fúngica em folhedo de sistema agroflorestal, comparando-o com um fragmento de Mata Atlântica, na região Norte de Pernambuco. Coletas bimestrais foram realizadas na Mata Atlântica nativa de Monjope e no Sítio São João – Sistema agroflorestal (ambos em Abreu e Lima - PE), entre agosto de 2014 e maio de 2015. As amostras de folhedo foram submetidas à técnica de lavagem em água corrente, colocados em câmaras-úmidas e incubados em temperatura ambiente por um período de 45 dias, sendo observados diariamente sob estereomicroscópio. Lâminas semi-permanentes e permanentes foram confeccionadas com as estruturas reprodutivas para a identificação morfológica dos espécimes. As lâminas foram depositadas no Herbário URM da UFPE. A análise da biomassa de fungos no folhedo foi realizada pelo método de quantificação do ergosterol e a relação entre o teor de ergosterol e a ocorrência de fungos conidiais foi determinada. Foram registradas ocorrências de 65 táxons de fungos conidiais, incluindo uma nova espécie (Selenodriella amoena) e uma nova ocorrência para a América do Sul (Linodochium sideroxyli). A concentração de ergosterol foi diferente entre as duas áreas estudadas nos meses de out./14, jan./15 e maio/15, sendo maior no SAF em todos os períodos. O teor de ergosterol da biomassa de fungos no folhedo, em ambas as áreas, possui forte correlação com a ocorrência dos fungos conidiais. Este estudo contribui para ampliar o conhecimento da diversidade de fungos conidiais presentes em folhedo em Pernambuco. |