Comportamento produtivo e morfofisiológico do consórcio de milho e Crotalaria juncea em função de intervalos entre semeaduras e sazonalidade de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dalla Chieza, Emerson lattes
Orientador(a): Guerra, José Guilherme Marinho
Banca de defesa: Guerra, José Guilherme Marinho, Araújo, Adelson Paulo de, Médici, Leonardo Oliveira, Vezzani, Fabiane Machado, Espíndola, José Antônio Azevedo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9957
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi estabelecer uma forma de manejo orgânico do consórcio entre as culturas de milho e Crotalaria juncea, que possibilite otimizar a produção “In situ” de biomassa vegetal pela fabaceae, com aporte de nitrogênio ao sistema, sem que a presença do adubo verde exerça competição capaz de comprometer o rendimento do cereal. Foram conduzidos três experimentos no campo experimental da Embrapa Agrobiologia em Seropédica – RJ, entre os meses de novembro de 2010 e março de 2012. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições (experimentos 1 e 3) ou três repetições (experimento 2). O primeiro experimento ocorreu entre novembro de 2010 e março de 2011 e teve os seguintes tratamentos: T1–C. juncea semeada sete dias antes da cultura do milho e manejada aos 33 dias após emergência (33 DAE); T2–C. juncea semeada simultânea ao milho (manejo aos 29 DAE); T3–C. juncea semeada 14 dias após o milho (manejo aos 102 DAE) + 70 kg N ha-1; T4–C. juncea semeada 28 dias após o milho (manejo aos 88 DAE) + 70 kg N ha-1; T5-milho em monocultivo e T6-milho em monocultivo + 70 kg N ha-1. Experimento 2 (abril a setembro de 2011): T1–C. juncea semeada sete dias antes da cultura do milho (manejo aos 43 DAE); T2–C. juncea semeada simultânea ao milho (manejo aos 37 DAE); T3–C. juncea semeada sete dias após o milho (manejo aos 74 DAE) + 70 kg N ha-1; T4–C. juncea semeada 14 dias após o milho (manejo aos 67 DAE) + 70 kg N ha-1; T5- milho em monocultivo e T6–milho em monocultivo+ 70 kg N ha-1. Os tratamentos do 3º Experimento (novembro de 2011 a março de 2012) consistiram em: T1-C. juncea semeada simultânea ao milho em fila simples com manejo aos 30 DAE e a biomassa da C. juncea mantida na área; T2–C. juncea semeada simultânea ao milho em fila simples com manejo aos 30 DAE com remoção da parte aérea de C. juncea e aplicação de 70 kg N ha-1 via torta de mamona; T3- milho monocultivo em fila simples; T4 –milho monocultivo em fila simples + 70 kg N ha-1; T5- C. juncea semeada simultânea ao milho em fila dupla com manejo aos 30 DAE e a biomassa da C. juncea mantida na área; T6 – C. juncea semeada simultânea ao milho em fila dupla com remoção da parte aérea de C. juncea e aplicação de 70 kg N ha-1. Para todos os experimentos, o nitrogênio aplicado em cobertura teve como fonte a torta de mamona. Nos dois primeiros ensaios foram realizados estudos morfofisiológicos dos cultivos a partir da análise funcional do crescimento de plantas, além do balanço monetário e balanço aparente de nitrogênio. Também no experimento I, para T1 e T2, procederam-se estudos de decomposição e liberação de nutrientes dos resíduos de C. juncea via sacolas de decomposição, com 8 intervalos de coletas. Para o terceiro ensaio procederam-se estudos de desempenho agronômico do milho, análise econômica e balanço de nitrogênio. Também foram feitos estudos das perdas de nitrogênio via volatilização de amônia para resíduos de C. juncea, torta de mamona e esterco bovino, através de câmeras estáticas semi abertas em oito intervalos de coleta. Quando semeada simultaneamente ao milho, independente da época de semeadura, a C. juncea não comprometeu o rendimento do cereal, promoveu a adição de nitrogênio ao sistema capaz de promover balanços positivos para este nutriente. Quando o adubo verde foi semeado 7 dias antes ou 14 dias após a semeadura do milho, no período de verão, esse exerceu influência negativa no crescimento e na produção de grãos do milho. Os resíduos de C. juncea apresentaram elevadas taxas de decomposição e liberação de nutrientes, com tempo de meia vida para N de menos de 14 dias. Foram encontradas discrepantes taxas de emissão de amônia para torta de mamona e resíduos de C. juncea, com perdas acumuladas de cerca de 46 e 14%, respectivamente. O arranjo em fileiras duplas de plantio de milho não influenciou no rendimento do cereal. Os resultados encontrados postam o consórcio em milho e C. juncea semeados simultaneamente como um promissor sistema de cultivo, capaz de proporcionar produção de grãos de milho acima da média produtiva do estado do Rio de Janeiro.