Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Zuchello, Fernando
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Orientador(a): |
Alves, Bruno José Rodrigues |
Banca de defesa: |
Alves, Bruno José Rodrigues,
Pinheiro, Érika Flavia Machado,
Balieiro, Fabiano de Carvalho |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10610
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Resumo: |
A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) gera matéria prima para a produção de etanol, combustível com alto potencial de mitigação de gases de efeito-estufa. No entanto, existem poucas informações sobre as emissões de óxido nitroso (N2O) do solo, durante o desenvolvimento da cultura. O N2O é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, e a agrícultura é a sua principal fonte para a atmosfera. Assim, práticas agrícolas comuns no cultivo da cana, como aplicação de vinhaça e fertilizante nitrogenado, podem favorecer a emissão desse gás, reduzindo ou mesmo anulando o aspecto mitigador do etanol no efeito estufa. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da aplicação de vinhaça e uréia na cultura de cana-de-açúcar quanto às emissões de N2O de Cambissolo Flúvico, em Campos dos Goytacazes, RJ. O estudo foi realizado no Campus Experimental Leonel Miranda, da UFRRJ, com o monitoramento das emissões de N2O feito em dois experimentos. No primeiro, a cultura estava na terceira soca, no período de novembro de 2008 a abril de 2009. O segundo foi feito nos meses de setembro e outubro de 2009, quando a cultura foi renovada (cana-planta). Os dois experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, com 6 repetições. Os tratamentos avaliados foram: adição de vinhaça e uréia em solo coberto com palhada, adição de vinhaça e uréia em solo nu, e os respectivos controles sem adição de vinhaça e uréia. Os tratamentos com palha foram usados somente no primeiro experimento, na fase de socaria. Vinhaça e uréia foram aplicadas em cobertura e a última em banda. A emissão de N2O foi avaliada no local com câmaras estáticas fechadas, sendo também monitorados a temperatura, a umidade do solo a 10 cm de profundidade, a disponibilidade de N mineral e o teor de amônia volatilizada. Durante os meses de novembro e dezembro houve intensa pluviosidade onde, nos primeiros 20 dias após a aplicação da vinhaça, a chuva acumulada foi superior a 374 mm. Devido a isso, a saturação dos poros com água (EPSA) se aproximou de 100% durante boa parte desses 20 dias. Após a aplicação da uréia, ocorreu novo período com fortes chuvas, entre os dias 10 e 31/12/2008, alcançando 297 mm favorecendo novamente a elevação do EPSA. Nessas condições, a palha não trouxe efeito nos fluxos de N2O do solo. No primeiro experimento a aplicação de vinhaça e da uréia não resultou em fluxos de N2O elevados, somente na aplicação da uréia foi observada diferença em relação ao controle. No segundo experimento o efeito das fontes de N foi mais pronunciado. As frações de N das duas fontes perdidas como N2O foram de 0,02% no primeiro experimento, independente da fonte, e, no segundo experimento, de 0,02 e 0,13% para vinhaça e uréia, respectivamente. Portanto, a vinhaça aplicada ao solo foi fonte de N2O insignificante. O efeito da uréia foi muito variável, com perdas por volatilização de amônia e emissões de N2O dependentes da ocorrência de chuvas. No ambiente estudado, as variáveis consideradas chave para a produção de N2O do solo tais como a saturação do espaço poroso do solo com água e a disponibilidade de N mineral, não explicaram as diferenças de fluxos de N2O, o que parece estar relacionado ao processo de desnitrificação em condições de máxima saturação do solo com água, que ocorreu por vários dias durante o estudo. |