Critérios ambientais para estabelecimento de ações de manejo em planícies de inundação do Rio Paraíba do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Baptista, Marcelle Nardelli lattes
Orientador(a): Valcarcel, Ricardo lattes
Banca de defesa: Avelar, André de Souza, Fidalgo, Elaine Cristina Cardoso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11365
Resumo: Planície de inundação é a faixa do terreno adjacente ao vale fluvial inundável, onde se realizam recarga do lençol freático e regularização das vazões, importantes serviços ambientais. Realizou-se o levantamento das planícies de inundação do rio Paraíba do Sul, localizado no sudeste brasileiro, através de técnicas de geoprocessamento, com uso dos softwares ArcGIS 10 e ENVI 4.7, de modo que as planícies de inundação foram individualizadas e caracterizadas morfometricamente. Através da Análise de Cluster, as planícies foram agrupadas em função das suas habilidades para manejo com base na renaturalização das suas funções hidrológicas em: a) outlier devido à extensa área (uma unidade); b) baixo potencial de manejo (9 unidades); c) médio potencial de renaturalização (15 unidades); d) alto potencial de manejo (52 unidades). A partir deste agrupamento foram selecionadas planície de inundação com alto potencial de manejo, visando gerar informações que permitam aumentar a capacidade de regularização hídrica, espacializando os usos de áreas como potencial para renaturalização de funções hidrológicas das planícies de inundação e sua consequente geração de serviços ambientais na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. Mediu-se a altura do lençol freático através da instalação e/ou medição do nível da água (NA) em áreas urbanizadas (13 medidores de NA), em áreas não urbanizadas (09 medidores de NA) e as margens da calha (03 medidores de NA). Para análise estatística entre as diferentes situações, utilizou-se o método de identidade de modelos. Houve diferença significativa entre os medidores localizados na área urbanizada e na área não urbanizada. Conclui-se que a urbanização inibe as funções hidrológicas e recomenda-se o resguardo das áreas não urbanizadas das planícies de inundação do mesmo grupo da área de estudo através da criação de UCs que direcionem o uso e prezem pelo planejamento ambiental. A soma da área das planícies de inundação (215.660,22 ha) representa 3,87% da área da bacia, demonstrando que ações focais em locais específicos da bacia, que resguardem as funções das planícies de inundação, podem trazer retornos consideráveis na regularização hídrica e na perenidade da vazão. Essas ações conferem maiores respostas com menor investimento. O levantamento e classificação das planícies de inundação de acordo com o potencial de manejo são fundamentais para que ações sejam realizadas em locais com características favoráveis à implantação de estratégias conservacionistas de manejo, visando aumentar a capacidade de armazenamento de água.