O sabor agridoce da reforma agrária em Pernambuco: reflectindo sobre a experiência de Chico Mendes II e Nova Canaã em Tracunhaém, PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Amâncio, Cristhiane Oliveira da Graça lattes
Orientador(a): Delgado, Nelson Giordano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9520
Resumo: Este trabalho visa estudar os efeitos que a abordagem Reflect-Action , difundida pelo Círculo Internacional Reflect-Ação (CIRAC), trouxeram para o empoderamento, criação e fortalecimento do capital social em duas comunidades rurais, fruto da reforma agrária, no município de Tracunhaém em Pernambuco. Nosso referencial teórico se fundamentou nas contribuições que a educação popular freireana trouxeram para a construção de metodologias de intervenção com base no empoderamento dos grupos, criação e fortalecimento do capital social. Considerando o mundo rural, suas particularidades e as profundas alterações que se observam no seu cotidiano, particularmente no contexto dos assentamentos de reforma agrária, procurou-se compreender as estratégias reproduzidas ou criadas pelos assentados para se inserirem de maneira mais sustentável nas relações com o Estado, com os mercados e com a sociedade civil. A pesquisa foi realizada com base em entrevistas semi-estruturadas, grupos focais e observação participante, realizadas durante o intervalo de dois anos. Pudemos concluir que grupos que constroem uma ação mais interativa entre as iniciativas de acompanhamento técnico-econômico e as de caráter educacional participativo tenderam a construir relações sociais de solidariedade, reciprocidade e confiança mais fortes, o que acarretou em expansão das condições de geração de capital social de forma significativa. A expansão destas habilidades e o desenvolvimento das capacidades dos sujeitos foram capazes de promover e aumentar o poder de barganha, contraposição e reivindicação destes grupos, com vistas ao desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental local de forma mais harmoniosa.