Ciberespaço, via de empoderamento de gênero e formação de capital social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Negrao, Telia
Orientador(a): Prá, Jussara Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8320
Resumo: As Novas Tecnologias de Informação de Comunicação – NTICs oferecem um novo espaço de disputas quanto às relações de poder que merece ser analisado. Para fins desta dissertação, considera-se que a vinculação a esses espaços, também tratados como ambientes comunicativos ou ciberespaço, amplia a autoconfiança das mulheres, proporcionando- lhes maior acesso às agendas do Feminismo, cujos pressupostos são autonomia, respeito aos direitos humanos e defesa da cidadania plena das mulheres. Frente a essa realidade, o propósito deste estudo é enfocar o tema do ciberespaço como via de empoderamento de gênero e de formação de capital social. Nesse âmbito, o ciberespaço, aparece como um ambiente integrado pelas novas tecnologias da informação (TICs), um espaço de interação a ser explorado também pela Ciência Política. Em vista disso, interessa verificar se e como os ambientes sustentados por tecnologias de informação e comunicação (redes) têm sido capazes de promover maior cooperação, reciprocidade e de elevar a qualidade de informação e conhecimento, assim como, de fortalecer laços de solidariedade e confiança, elementos constitutivos do conceito de Capital Social, o que também pode significar a afirmação de uma agenda baseada em pressupostos feministas. Subsidiam o estudo, empiricamente, dados secundários e de pesquisa coletados por questionários junto a usuárias de Telecentros de Porto Alegre e entrevistas em profundidade realizadas com estas usuárias e com feministas e especialistas em TICs. Os resultados do estudo indicam que o fortalecimento das mulheres, com novos conhecimentos e habilidades, favorece a sua participação e a criação de capital social. Assim, mesmo que o acesso a esse meio não resulte em inclusão automática à sociedade do conhecimento e da informação, pode-se constatar que a inserção digital das mulheres constitui uma via de empoderamento de gênero, quando vinculado a processos sociais que estimulam a formação de redes temáticas de gênero e outras tecnologicamente sustentadas.