Digestão total e parcial de forrageiras em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Liziana Maria lattes
Orientador(a): Almeida, Fernando Queiroz de lattes
Banca de defesa: Rezende, Adalgiza Souza Carneiro de, Vieira, Antonio Assis
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14883
Resumo: Este trabalho teve como objetivo estimar a digestibilidade parcial e total dos nutrientes de forrageiras através das técnicas de coleta total de fezes e sacos de náilon móveis e avaliar a cinética de passagem de sacos de náilon móveis no trato digestório de equinos. O experimento foi dividido em três ensaios. O primeiro ensaio estimou a digestibilidade dos nutrientes do feno de coastcross (Cynodon dactylon cv. coastcross) através da coleta total de fezes. O segundo ensaio estimou a digestibilidade dos nutrientes do feno de alfafa (Medicago sativa), do feno de coastcross e do amendoim forrageiro (Arachis pintoi) com a técnica de sacos de náilon móveis. O terceiro ensaio foi realizado utilizando as mesmas forrageiras do segundo ensaio, avaliando a digestibilidade pré-cecal com a técnica dos sacos de náilon móveis em equino fistulado no ceco. Os dois ensaios de digestão iniciais foram realizados simultaneamente, com quatro equinos adultos com peso médio de 300kg alimentados com dieta exclusiva de feno de coastcross. A água e o sal mineral foram fornecidos ad libitum. Foram utilizados sacos de náilon com porosidade de 45μ com dimensões internas de 6,5x 3cm, e preenchidos com 663mg de amostra das forrageiras moídas a 1mm. Os dois ensaios iniciais tiveram duração de 19 dias, sendo 10 dias de adaptação e regulação do consumo da dieta, cinco dias para inserção gástrica dos sacos, coleta total de fezes e dos sacos de náilon nas fezes. Para inserção gástrica dos sacos de náilon, foram feitas duas sondagens ao dia, com 25 sacos, oito com amostras de cada alimento e um em branco. As fezes e os sacos foram coletados do piso das baias imediatamente após a excreção, os sacos foram separados manualmente e anotado o tempo de trânsito. O ensaio de digestão pré-cecal teve duração de 20 dias sendo os cinco primeiros para adaptação do animal ao manejo e 15 dias de sondagens e recuperação dos sacos. Neste ensaio foram utilizados sacos semelhantes ao ensaio anterior, porém em uma das extremidades dos sacos foi afixada uma arruela metálica para permitir que o saco fosse recuperado no ceco com auxílio de um imã. Este imã foi posicionado próximo a junção íleo-cecal e, a intervalos de 30 minutos, iniciando uma hora após a inserção dos sacos no estomago e, o imã foi retirado da cânula e os sacos aderidos foram coletados até 7 horas após a inserção gástrica. Os valores de digestibilidade total através da coleta de fezes e dos sacos móveis foram semelhantes confirmando a possibilidade de utilização dos sacos móveis como alternativa a coleta de fezes. Não houve diferença entre os coeficientes de digestibilidade do feno de alfafa e do amendoim forrageiro com os de sacos de náilon móveis (P<0,05), no entanto estes foram maiores que o do feno de coastcross. O uso da técnica de sacos de náilon móveis em animais fistulados permitiu estimar a digestibilidade pré-cecal e pós-ileal em equinos, mostrando ser uma alternativa viável no estudo dos processos digestivos desta espécie.