Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Thamires Rezende
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Orientador(a): |
Massard, Carlos Luiz
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Banca de defesa: |
Massard, Carlos Luiz,
Guimaraes, Andresa,
Silva, Claudia Bezerra da,
Cunha, Nathalie Costa da,
Perinotto, Wendell Marcelo de Souza |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19991
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Resumo: |
Os nematódeos pertencentes às espécies Dirofilaria immitis e Acanthocheilonema reconditum são parasitos transmitidos por artrópodes, sendo os mosquitos da família Culicidae responsáveis por transmitir D. immitis, enquanto pulgas dos gêneros Ctenocephalides e Pulex, são os principais responsáveis por transmitir A. reconditum. Os principais hospedeiros acometidos por infecções causadas por estes parasitos são os cães. Os métodos de diagnóstico destes filarídeos baseiam-se na detecção das microfilárias no sangue periférico; porém a semelhança deste estágio evolutivo entre as duas espécies dificulta o diagnóstico preciso. Pelo fato de D. immitis ser relatado principalmente em regiões costeiras e apresentar relevância em saúde pública pelo caráter zoonótico, a detecção e análise epidemiológica diferencial entre D. immitis e A. reconditum auxiliam no entendimento da distribuição destes filarídeos e fornece subsídios para diagnósticos precisos e adequadas condutas clínicas. Sendo assim, este estudo teve por objetivo determinar a frequência, a distribuição espacial e os fatores epidemiológicos associados com a presença do DNA de D. immitis e A. reconditum em cães dos municípios do estado do Rio de Janeiro utilizando métodos moleculares. Para isso, foram coletadas 378 amostras de sangue de cães domiciliados nos municípios de Barra do Piraí, Paracambi, Petrópolis e Teresópolis, durante o período de novembro de 2018 a outubro de 2019. O DNA das amostras foi extraído com kit comercial e a detecção dos patógenos foi realizada através da técnica espécie-específica de PCR em tempo real (qPCR). Do total de amostras coletadas, cinco foram positivas para D. immitis e 40 para A. reconditum, obtendo-se uma prevalência geral de 1,32% (5/378) e 10,58 (40/378), respectivamente. Em Barra do Piraí, a frequência de A. reconditum foi de 7,4% (8/108) não sendo detectado D. immitis. Em Paracambi, a frequência obtida foi de 16,66% (15/90) para A. reconditum e 3,33% (3/90) para D. immitis, sendo detectado um caso de coinfecção entre as duas espécies. Em Petrópolis, a frequência obtida foi de 5,75 (5/87) para A. reconditum e 1,15% (1/87) para D. immitis. Já em Teresópolis, a frequência de A. reconditum foi de 8,60% (12/93), não sendo detectado D. immitis. Análises epidemiológicas foram realizadas a partir dos achados positivos para A. reconditum não sendo possível realizar para os achados de D. immitis, pois a frequência foi baixa. As análises epidemiológicas demostraram correlação significativa com as variáveis presença de animais silvestres, sexo, presença de vegetação no peridomicílio e acesso ao pasto. A partir destes resultados observa-se então, que apesar da maior ocorrência destes patógenos serem descritas em regiões litorâneas, há presença destes também em regiões não endêmicas, possivelmente devido ao trânsito de animais e a presença do vetor nessas regiões. Ademais, a frequência de A. reconditum encontrada destaca a importância do diagnóstico diferencial a fim de evitar condutas clínicas equivocadas. Portanto, este estudo demonstra a ocorrência de D. immitis e A. reconditum em áreas consideradas não endêmicas, sendo necessário maiores investigações a respeito da diferenciação e distribuição destes filarídeos no Brasil. |