Qualidade do leite, mastite e sensibilidade a antimicrobianos em unidades de produção de leite com altas contagens de células somáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Poll, Paula Suzana Elisa Maciel lattes
Orientador(a): Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado lattes
Banca de defesa: Aquino, Maria Helena Cosendey de, Ferreira, Teresinha, Thomé, Sandra Maria Gomes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14246
Resumo: Considerando a complexidade de fatores relacionados à qualidade do leite e controle da mastite, objetivou-se avaliar a dinâmica da infecção mamária e o perfil de sensibilidade dos agentes isolados do leite refrigerado em relação aos índices de mastite e sua etiologia em seis unidades de produção leiteira (UPL) com altas contagens de células somáticas (CCS). Em três visitas com intervalos de 20 dias foi realizado um levantamento dos casos de mastite e amostras de leite de quartos mamários afetados com mastite clínica foram destinadas ao isolamento, identificação e testes de sensibilidade. Amostras de leite do conjunto coletadas do tanque de expansão foram avaliadas quanto à composição, CCS, contagem bacteriana total (CBT), resíduos de antibióticos, estabilidade ao etanol, isolamento e identificação de agentes microbianos e sensibilidade in vitro. Entre as propriedades avaliadas a incidência de mastite clínica variou entre 0 e 24%, enquanto que a prevalência oscilou entre 2,9% e 36%. A partir de 83 quartos mamários acometidos isolaram-se 107 agentes bacterianos em 74 amostras. Fungos foram isolados de 27 amostras. Os principais agentes bacterianos isolados de amostras de leite de vacas com mastite foram Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. Também foram relevantes os isolamentos de Klebsiella spp. e Pseudomonas spp. Estes agentes bacterianos isolados, tanto dos tanques de refrigeração quanto dos casos de mastite, foram condizentes entre si. No entanto houve uma moderada divergência entre a sensibilidade in vitro de amostras isoladas de leite de vacas com mastite clínica e do leite do tanque. Os antimicrobianos que apresentaram melhor resultado quanto à sensibilidade dos casos de mastite foram: enrofloxacina e doxiciclina (100%), seguidos da cefalotina (99,1%); e os isolados do tanque apresentaram: danofloxacina (100%), enrofloxacina (85,2%) e gentamicina (74,1%). As formulações com maior resistência frente aos isolados dos casos de mastite foram penicilina G associada à novobiocina (53,3%), amoxicilina (49,5%) e ampicilina (42,1%); e frente aos isolados do tanque as maiores resistências foram observadas para ampicilina (74,1%), oxacilina (74,1%) e amoxicilina (66,7%). A presença de múltiplas resistências pode estar relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos para tratamento de enfermidades diversas, incluindo a mastite