Bagaço de cevada na dieta de suínos em fase de crescimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Braz, Jamil Monte lattes
Orientador(a): Vieira, Antonio Assis lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14918
Resumo: O presente trabalho foi realizado no Setor de Suinocultura do Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (FAIZ/UFRRJ), durante o período de agosto a novembro de 2005, com o objetivo de avaliar diferentes níveis de inclusão de bagaço de cevada na dieta de suínos em fase de crescimento, dos 35 aos 60 kg de peso vivo. Foram utilizados 20 animais mestiços das raças Large White, Duroc e Landrace, fêmeas com peso médio de 35 kg, distribuídos em delineamento de blocos ao acaso com cinco tratamentos e quatro blocos. Os cinco níveis de inclusão de bagaço de cevada na dieta foram: 0%; 12,5%; 25%; 37,5% e 50%, substituindo a ração com base na matéria seca da ração referência (0% de inclusão). Os parâmetros de desempenho consumo de ração (CR), consumo de bagaço de cevada (CBC), consumo total (CT), consumo diário de ração (CDR), consumo diário de bagaço de cevada (CDBC), consumo diário (CD), ganho de peso total (GP), ganho de peso diário (GPD) e conversão alimentar (CA), assim como características de carcaça e pesos dos órgãos e das vísceras foram submetidos à análise de variância e de regressão. Observou-se redução linear no CR, e efeito quadrático sobre os demais parâmetros de desempenho estudados. Observou-se efeito quadrático sobre o CBC com o aumento do nível de inclusão, enquanto o CT aumentou até o nível de 14,91% e reduziu após esse nível de inclusão. Observou-se efeito quadrático no CDR e no CDBC enquanto o CD aumentou até o nível de 15,00% passando a diminuir após esse nível de inclusão. O GP e o GPD aumentaram até o nível de 12,89 e 14,00% respectivamente, apresentando redução após esse nível de inclusão. A CA melhorou gradativamente com a inclusão até o nível de 13,34% passando a piorar após esse nível de inclusão. Foram avaliados: peso de carcaça quente (PCQ), peso de carcaça resfriada (PCR), comprimento de carcaça (CC) e rendimento de carcaça (RC), espessura de toucinho (ET), peso de pernil (PP) e rendimento de pernil (RP), peso de paleta (PPL) e rendimento de paleta (RPPL), peso de lombo (PL) e rendimento de lombo (RL), e área de olho de lombo (AOL). Observou-se efeito quadrático no PCQ e efeito linear no PPL e no RPPL, à medida que se aumentou o nível de bagaço de cevada na dieta dos suínos, não tendo sido observado influência sobre os demais parâmetros de carcaça. Foram avaliados os pesos de trato gastro-intestinal (TGI), das vísceras (VISC), de estômago (EST) e de fígado (FIG). Não houve influência do nível de bagaço de cevada na dieta dos suínos em crescimento sobre esses parâmetros. Observou-se redução linear no custo de alimentação (CAL) e efeito quadrático no custo por unidade de ganho (CPUG), observando-se redução em até 22,72% no CPUG e aumento após esse nível. O melhor nível de inclusão de bagaço de cevada em dietas para suínos em crescimento seria de 14,91%, para maior consumo total de MS, 12,89% para máximo ganho de peso e 13,34% para a melhor CA. O bagaço de cevada pode ser incluído na dieta de suínos em fase de crescimento em níveis de até 17,36%, sem comprometer a qualidade de carcaça de suínos abatidos aos 100 kg de peso vivo. O bagaço de cevada pode ser incluído na dieta de suínos em fase de crescimento em níveis de até 22,72% para redução dos custos de alimentação.