Contribuições ao estudo do tumor venéreo transmissível canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Thiago Souza lattes
Orientador(a): Fernandes, Julio Israel lattes
Banca de defesa: Fernandes, Julio Israel lattes, Carlos, Renata Santiago Alberto lattes, Cardilli, Carolina Franchi João lattes, Balthazar, Daniel de Almeida lattes, Ramadinha, Regina Helena Ruckert lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20386
Resumo: O tumor venéreo transmissível canino (TVTC) é uma das neoplasias mais comuns em cães, e é transmitida predominantemente através do coito. O tratamento de eleição é a quimioterapia com sulfato de vincristina endovenoso, com intervalos semanais e custo elevado, o que muitas vezes dificulta a continuidade do tratamento. A lomustina é um agente quimioterápico administrado por via oral, o que facilita a adesão ao tratamento. O capítulo 1 “Eficácia da lomustina no tratamento do tumor venéreo transmissível canino” teve como objetivo avaliar a eficácia da lomustina administrada em cães acometidos por TVTC. Outro objetivo foi propor uma opção terapêutica nos casos em que o protocolo quimioterápico com sulfato de vincristina não for uma opção viável ao tutor do animal. Foram selecionados 12 cães com diagnóstico citopatológico de TVTC genital, que foram submetidos ao protocolo experimental com administração de lomustina na dose de 70 a 85 mg/m2 por via oral, a cada 21 dias, totalizando no máximo dois ciclos de administrações. Os animais foram reavaliados a cada 7 dias até no máximo o dia +49 após a primeira dose da lomustina, para acompanhamento da regressão das lesões neoplásicas através de mensurações e para monitoramento hematológico e bioquímico sérico para detectar possíveis efeitos adversos. Entre os cães submetidos ao protocolo de tratamento, 66,6% alcançaram remissão completa da neoplasia, 8,33% resposta parcial ao tratamento e 25% apresentaram doença estável. Efeitos adversos importantes como intensa leucopenia neutrofílica foram detectados em 25% dos cães. O estudo permite concluir que a lomustina pode ser opção de tratamento para o TVTC, nos casos em que os custos do tratamento convencional sejam determinantes na escolha do protocolo terapêutico, contudo são necessárias avaliações hematológicas seriadas para identificar possível mielotoxicidade. O capítulo 2 “Aspectos epidemiológicos, clínicos, e terapêuticos do tumor venéreo transmissível na região do Rio de Janeiro, Brasil (2015 a 2020)” teve como objetivo apresentar dados epidemiológicos e clínicos de animais diagnosticados com TVTC na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. O estudo concluiu que o TVTC apresenta elevada ocorrência na região, com apresentações clínicas mais frequentes em genitália, contudo foi observada elevada casuística de tumores extragenitais. O sulfato de vincristina foi o principal tratamento utilizado e é eficaz em induzir remissão da neoplasia, porém foi observado que 40% dos cães acometidos não são tratados por opção dos tutores. O capítulo 3 “Aspectos clínicos e citopatológicos da remissão espontânea de tumor venéreo transmissível canino – relato de caso” descreve um caso de remissão espontânea de TVTC e teve como objetivo enfatizar os aspectos clínicos e citopatológicos observados durante o curso da regressão. O relato permitiu observar um raro caso de remissão espontânea de TVTC de ocorrência natural e verificar as nuances citopatológicas associadas ao processo de regressão. O capítulo 4 “Tumor venéreo transmissível canino laríngeo com metástases pulmonares – relato de caso” teve como objetivo descrever um caso raro de TVTC em laringe com desenvolvimento de metástases pulmonares. O capítulo permite concluir que o TVTC pode se manifestar de formas atípicas, inclusive em cães impúberes e localizações anatômicas inusitadas.