O Exército de Caxias e o Exército da FEB: história das relações entre estabelecidos e outsiders no Exército Brasileiro (1942 - 1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Frederico Soares lattes
Orientador(a): Souza, Adriana Barreto de lattes
Banca de defesa: Souza, Adriana Barreto de, Alexandre, Fortes, Ferraz, Francisco
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13843
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar as relações entre estabelecidos e outsiders no Exército Brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial. O Exército Brasileiro organizou a Força Expedicionária Brasileira – FEB, com uma estrutura organizacional completamente diferente do restante da instituição, composta por uma imensa maioria de reservistas civis, convocados para a guerra. Dessa forma, esses outsiders tiveram de se relacionar com os militares profissionais do Exército quem também estavam na FEB. Defendo que esta situação produziu uma nova identidade coletiva entre os outsiders, a identidade febiana, com valores distintos da identidade coletiva dos militares profissionais, o que resultou muitas vezes em conflitos entre os grupos. A pesquisa foi realizada numa abordagem da História Social, na tentativa de compreensão dos dois grupos. Nesse sentido, os estudos no campo da antropologia dos militares guiaram a análise do grupo dos militares profissionais, dando prioridade ao entendimento deste grupo com base nas suas categorias nativas, típicas do mundo militar. Os civis convocados foram analisados da perspectiva da história vista de baixo, privilegiando-se os testemunhos memoriais vindos deste grupo, com a intenção de dar voz e vez àqueles que não tinham espaço na narrativa institucional do Exército. As diferentes abordagens dos grupos se cruzam devido à utilização do modelo configuracional de análise entre estabelecidos e outsiders, permitindo a análise das relações dos grupos com base na dinâmica relacional entre o que era antigo, já estabelecido, e o que era outsider, novo. As fontes do trabalho agrupam testemunhos memoriais, documentos diversos encontrados no Arquivo Histórico do Exército – AHEx, e dois jornais da imprensa militar brasileira: O Cruzeiro do Sul e E a Cobra fumou!