Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Luciana Sobral
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Orientador(a): |
Santos, Angela Marina Bravin dos
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Banca de defesa: |
Santos, Angela Marina Bravin dos,
Santos, Adriano Oliveira,
Pereira, Marli Hermenegilda |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15490
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Resumo: |
Esta pesquisa consiste em analisar a experiência do desenvolvimento do processo de produção textual orientado por bilhetes. Propõe, outrossim, reflexões teóricas acerca do ensino pautado nos gêneros do discurso e suscita discussões sobre a realidade do ensino de português no Brasil. Tem como ponto de destaque a mediação didática, que promove o aprimoramento das produções escritas dos alunos a partir da prática de reescrita. Elegeu-se, para o desenvolvimento da proposta, o gênero discursivo conto de aventura, tendo como público-alvo alunos do 7°ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Osires Neves, localizada em Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Parte-se da hipótese de que o desenvolvimento de um texto no âmbito escolar tem como base a articulação de cinco aspectos: a) planejamento, b) revisão, c) reescritura com base na revisão, d) consciência de que esses três aspectos são necessários para a elaboração de um texto produzido para um interlocutor e com um determinado propósito e, por fim, e) intercâmbio professor-aluno, professor-alunos, alunos-alunos. Assim, a produção textual será tratada como uma atividade processual, que perpassa etapas, e não como um produto. O objetivo principal desta mediação foi, em vista disto, promover estratégias de reescrita de um texto a partir de reflexões sobre seus aspectos linguísticos e discursivos. De maneira mais específica, buscou-se a) organizar ações que ensinem aos alunos as características dos contos de aventura com vistas a atividades de planejamento de um texto com esse perfil; b) organizar bilhetes-orientadores com base em tais características a fim de nortearem as revisões sobre a versão inicial de um conto de aventura; c) promover atividades que permitam aos alunos a produção de um conto de aventura a partir da interação com os professores e os colegas; d) desenvolver a compreensão de que os textos são produzidos em uma determinada situação e com um propósito relacionado ao interlocutor. Como metodologia de pesquisa, optamos pela pesquisa-ação, seguindo o que propõe THIOLLENT (1988). Quanto à mediação propriamente dita, pautamo-nos nos preceitos da aprendizagem colaborativa de Behrens (2004), propondo atividades que possibilitem ao aluno a participação no contexto da sociedade. Além disso, buscamos a contribuição teórica de Bakhtin (1997), Geraldi (2006), Gotlib (2006), Ruiz (2015), dentre outros, que dissertam sobre gêneros discursivos, produção textual e correção textual-interativa. Quanto aos resultados relativos à aplicação da proposta, podemos elencar aspectos positivos e negativos. Os negativos referem-se à dificuldade na realização na aplicação devido à grande quantidade de alunos na turma, já que a reescrita orientada por bilhetes demanda um maior tempo. Os positivos relacionam-se aos resultados obtidos, que comprovaram que este tipo de reescrita contribuiu de maneira significativa para que se alcancem textos com mais qualidade. |