Cultivo orgânico e custo de produção do morangueiro em diferentes sistemas semi-hidropônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pivoto, Herton Chimelo lattes
Orientador(a): Martelleto, Luiz Aurélio Peres lattes
Banca de defesa: Martelleto, Mariluci Sudo, Araújo, Ednaldo da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10416
Resumo: A preocupação com a saúde humana e do meio ambiente tem levado a um crescimento na demanda e na oferta de produtos orgânicos ou agroecológicos. O morango (Fragaria x ananassa) apesar de suas excelentes características nutricionais figurou nos últimos anos como um produto contaminado por agrotóxicos, gerando insegurança ao consumidor. E, diante da insegurança em relação ao seu consumo, a produção orgânica busca recuperar a confiança dos consumidores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da produção do morangueiro em sistema semi-hidropônico orgânico cultivado em sacos plásticos e substrato bagaço de cana decomposto. O delineamento utilizado foi de blocos inteiramente casualizados com cinco repetições. As variáveis avaliadas foram: Número de Pseudofrutos por planta (NF), Massa Fresca de Pseudofrutos (MFP), Produção por Planta (PPP), Produção Comercial (PC), Acidez Titulável (AT), Potencial Hidrogeniônico (pH), firmeza de polpa (FP), Sólidos Solúveis Totais (SST), área foliar (AF), razão de área foliar (RAF), razão de peso foliar (RPF), taxa de crescimento relativo (TCR), taxa de crescimento absoluto (TCA) e taxa assimilatória líquida (TAL). Foram realizados dois experimentos no município de São Vicente do Sul, região Central do RS, sob ambiente protegido, um com uma cultivar de fotoperíodo crítico para florescimento “de dias curtos”, a ‘Camino Real’ e outro com cultivar, que não necessita de fotoperíodo crítico para florescer “de dias neutros”, a ‘Albion’. Ambas foram cultivadas em sistema semi-hidropônico, envolvendo: quatro diferentes manejos de adubação, quais sejam: fertirrigado com fertilização convencional (controle), biofertilizantes Agrobio, Super Magro e biofertilizante elaborado a partir de adubo orgânico comercial (Ferticel). As características de crescimento AF, TCR, TCC, RAF, RPF e TAL foram influenciadas significativamente pelos tratamentos, o Biofertilizante Bioferticel obteve resultados compatíveis e em algumas variáveis superiores ao controle para ambas as cultivares. Na cultivar Caminho Real verificaram-se diferenças significativas para os tratamentos, sendo que o tratamento com Bioferticel teve resultados superiores ao controle para as variáveis: NF, PPP, FP, SST, AT e relação SST/AT. Os teores de nutrientes nas folhas do morangueiro Camino Real e Albion estiveram dentro da recomendação para a cultura ou levemente acima na análise realizada em pleno florescimento. Na análise de final de cultivo os Biofertilizantes Super Magro e Agrobio apresentaram teores de Fósforo e Potássio abaixo do recomendado para a cultura para ambas as cultivares. A PC do morangueiro Camino Real foi superior no tratamento Bioferticel, atingindo valores de 650,51 gr.planta-1 e de 516,36 gr.planta-1 para o controle. Para a cultivar Albion, verificaram-se diferenças significativas para os tratamentos, sendo que o tratamento Controle teve resultados superiores aos demais tratamentos para as variáveis: NF, PPP, SST, AT e relação SST/AT. A PC do morangueiro Albion foi inferior à média considerada ideal para o estado do Rio Grande do Sul. O biofertilizante Bioferticel, em alguns dos aspectos estudados, proporcionou resultados superiores ao Convencional. Assim, pode ser indicado como meio semi-hidropônico ao substrato bagaço de cana decomposto para cultivo do Morangueiro