A corporeidade na educação escolar indígena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Coube, Roberta Jardim lattes
Orientador(a): Monteiro, Aloisio Jorge de Jesus lattes
Banca de defesa: Kauss, Vera Lucia Teixeira, Pinho, Luiz Celso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13235
Resumo: Busca-se discutir algumas concepções de corpo presentes nas sociedades indígenas (Tupinambá, Wajãpi e povos do Xingu), especialmente no processo de educação escolar. Assim, retoma-se a educação jesuítica do Brasil colonial (séculos XVI e XVII) e analisa o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI, 1998), sobretudo a cultura corporal dos povos indígenas do Brasil. A pesquisa caracteriza-se historiográfica, procurando tomar a história do ponto de vista dos dominados. O trabalho dialoga com Dermeval Saviani (2010), notadamente com a premissa de que “o presente se enraíza no passado e se projeta no futuro”, sendo imprescindível para a compreensão radical do presente o estudo de sua gênese, o entendimento de suas raízes. Nesse sentido, o cerne da pesquisa vem a ser a corporeidade presente na educação escolar indígena, tomando especialmente as sociedades Tupinambá (Brasil colônia), Wajãpi e povos Xinguanos (Brasil contemporâneo), suas concepções de corpo, suas cosmologias e a defesa contemporânea dos povos indígenas por uma educação e uma Educação Física intercultural e diferenciada. O esforço de superar os limites dos paradigmas tradicionais da historiografia e o interesse pelo tripé corpo/educação/cultura procura abordar o corpo “compreendido na trama social de sentidos”, muito mais do que um atributo da pessoa, “o lugar e o tempo indistinguível da identidade”, um “vetor semântico” (David Le Breton, 2007). Partimos da Filosofia da História para adentrarmos nos campos da Antropologia da Educação e da Sociologia da Corporeidade. Buscaremos entender o fenômeno corpóreo como resultante de aspectos sociais, culturais e simbólicos do ser humano. Na escola indígena o corpo equipara-se à grande razão, de Nietzsche, pois nela os sentidos devem ser ouvidos e experimentados.