Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Branco, Camila da Silva Vaz
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Orientador(a): |
Barbosa, Maria Ivone Martins Jacintho |
Banca de defesa: |
Barbosa, Maria Ivone Martins Jacintho,
Dias, Anelise,
Silva, Andréa dos Anjos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10378
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Resumo: |
A alimentação na contemporaneidade tem sofrido diversas modificações em virtude de uma busca por alimentos e sistemas produtivos que estejam em maior consonância com práticas sustentáveis. Nesse sentido, a agroecologia e a agricultura orgânica são alternativas viáveis à produção alimentar convencional, uma vez que possuem uma dimensão de salvaguardar o meio ambiente e preservar os recursos naturais disponíveis. Considerando essas premissas, buscou-se avaliar a percepção sobre os alimentos de origem orgânica e agroecológica por parte dos atores mais diretamente envolvidos no consumo e na produção desses alimentos: os agricultores, os consumidores de produtos vegetais e os profissionais que atuam com o preparo desses alimentos em cozinhas profissionais (como chefs e cozinheiros). Para esse fim foram aplicados questionários estruturados do tipo survey, através de uma metodologia mista, envolvendo uma abordagem quali-quantitativa objetivando-se averiguar quais critérios determinam a utilização desses ingredientes e qual relação os participantes estabelecem entre a produção agroecológica e orgânica com as questões relacionadas à preservação ambiental. Além disso, buscou-se avaliar se a gastronomia é percebida como uma alternativa possível para impulsionar o consumo desses ingredientes e quais são os fatores que dificultam o acesso a esse tipo de alimento ou de produção. Em face dos resultados pode-se afirmar que os critérios que mais impulsionaram, na atualidade, a produção e o consumo dos alimentos orgânicos e agroecológicos foi o conceito de saudabilidade atrelado a este tipo de produção e a percepção de preservação ambiental que ela promove, seguido pela valorização da agricultura familiar e a qualidade sensorial desses alimentos em termos de cor, sabor e peso. Além disso verificou-se um interesse entre os participantes em aumentar o consumo desses alimentos, contudo o preço, a falta de variedade e disponibilidade de alimentos orgânicos e agroecológicos nos estabelecimentos em que os consumidores usualmente frequentam despontam como entraves nesse processo. Em termos de comercialização as formas que mais se aproximaram da realidade dos participantes foram as feiras livres e a venda direta. Em relação aos chefs e cozinheiros observou-se uma valorização dos alimentos orgânicos e agroecológicos através da gastronomia, entretanto a inclusão desses alimentos no cardápio ainda foi limitada, visto que apenas 25% desses profissionais declararam fazer uso corriqueiro deste tipo de ingrediente. No contexto geral os participantes mencionaram que gostariam de aprofundar seus conhecimentos acerca dos alimentos orgânicos e agroecológicos (ainda que alguns deles já declarassem conhecer preliminarmente esses insumo) observando-se assim a necessidade de se efetivarem ações que visem abordar essas lacunas de informação, pois quanto maior é o conhecimento acerca desses alimentos maior tende a ser a valorização deles pelos consumidores. |