Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Vanessa Barreto
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Orientador(a): |
Borba, Helcio Resende
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Banca de defesa: |
Silva, Jairo Pinheiro da,
Vasconcellos, Maurício Carvalho de,
Silva, Clélia Christina Correa de Mello |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11723
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Resumo: |
Há necessidade urgente de encontrar moluscicidas seletivos e eficientes para o controle de Biomphalaria glabrata hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni. Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos agudos dos extratos aquosos de Solanum lycocarpum procedente da Estação Ecológica de Pirapitinga, Três Marias, MG e do Campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro sobre B. glabrata através de métodos diferenciados de extração; identificar saponina em todos os extratos utilizados; verificar os efeitos crônicos dos extratos sobre os moluscos sobreviventes e da geração F1, analisando os parâmetros de mortalidade e reprodução e também, analisar a influência dos extratos sobre os níveis de glicose, uréia e ácido úrico dos moluscos sobreviventes. Folhas de S. lycocarpum após secas a temperatura ambiente, picotadas e pesadas, mantendo uma relação de 10,0% p/v, solução mãe, foram submetidas ao método de infusão, “a quente”, onde o material vegetal permaneceu em contato com água destilada em temperatura de 90ºC durante 15 minutos e ao método de maceração estática, “a frio”, onde as folhas permaneceram em contato com a água destilada, em temperatura ambiente, por 24 horas. A partir da solução mãe foram obtidas as demais concentrações, 7,0 e 4,0%. Foram utilizados moluscos de 9-13 mm de diâmetro de concha. As observações dos moluscos submetidos aos bioensaios foram feitas em 24, 48 e 72h. Os moluscos sobreviventes aos bioensaios foram observados durante 60 dias e a geração F1 por 90 dias, quando eram quantificados os moluscos mortos e as massas ovígeras. Foi realizada coleta de hemolinfa dos moluscos sobreviventes nos períodos de 4, 30 e 60 dias. Elevados percentuais de mortalidade foram verificados com as concentrações de 10,0% e 7,0% nas primeiras 24 horas de observação, para ambas as localidades de coleta, independente do método de extração. No entanto, com a concentração de 4,0%, verificou-se um elevado percentual de mortalidade somente com o extrato obtido pelo método a frio, da localidade de Três Marias. O método de maceração estática se mostrou equivalente à infusão, porém influenciou a determinação da CL90 na localidade de Três Marias. Com o método de infusão, a CL90 foi de 7,0% e com método de extração “a frio” foi de 4,0%. Verificou-se a presença de saponinas em todos os extratos aquosos das folhas de S. lycocarpum utilizados. A análise bioquímica demonstrou aumento dos níveis de glicose e uréia em alguns grupos tratados, na hemolinfa dos moluscos sobreviventes submetidos ao extrato da planta procedente de Três Marias. Não foi verificada diferença significativa nos níveis de glicose, uréia e ácido úrico dos moluscos sobreviventes submetidos ao extrato da planta coletada no Campus Seropédica da UFRRJ. Não houve diferença significativa no percentual de mortalidade dos moluscos sobreviventes ao longo de 60 dias de observação. No entanto, verificou-se diferença estatística no percentual de mortalidade da geração F1. A atividade moluscicida dos extratos aquosos de S. lycocarpum foi influenciada pela localidade de procedência da planta, como também pelo método de extração. Estes aspectos também influenciaram a reprodução dos moluscos sobreviventes a reprodução e a taxa de mortalidade da geração F1. |