Caracterização da microbiota bacteriana de Biomphalaria glabrata (Say, 1818)(Mollusca: Gastropoda)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SILVA, Tatiana Maria da
Orientador(a): SANTOS, Fábio André Brayner dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11142
Resumo: Devido a grande importância da microbiota no desenvolvimento de parasitas nos invertebrados, muitos estudos vêm sendo desenvolvidos para o melhor entendimento desta interação. Desta forma, a associação entre microrganismos e seus hospedeiros invertebrados, vetores de doenças, está se tornando cada vez mais evidente. Com base nisto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a microbiota bacteriana de caramujos da espécie Biomphalaria glabrata, principal hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni. Para isto, um grupo de caramujos selvagens, provenientes da Vila Sotave em Jaboatão dos Guararapes, PE/Brasil, e um grupo não selvagem, mantido em laboratório, tiveram a sua microbiota caracterizada através da: técnica de coloração de Gram, análise morfológica das colônias em ágar sangue e em ágar Eosina Azul de Metileno, sendo a caracterização confirmada pelo sistema de identificação bacteriana VITEK 2. Foram realizados testes de susceptibilidade aos antimicrobianos, com base no método de difusão em disco. Os antimicrobianos empregados pertencem à classe de ß-lactâmicos, aminoglicosídeos, quinolonas, inibidores da via folato, fenicóis e tetraciclinas. Os resultados mostraram que todas as bactérias foram gram negativas, incluindo 11 gêneros bacterianos, sendo Enterobacter cloacae a espécie predominante em caramujos selvagens, enquanto que, Citrobacter freundii e Aeromonas sobria predominaram no grupo não selvagem. Quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos, todos os isolados mostraram-se resistentes ao ß-lactâmico amoxicilina e sensíveis ao meropenem. A partir destes resultados, novas estratégias de controle biológico da esquistossomose podem ser propostas.