Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Vinicius Esperança
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Orientador(a): |
Machado, Carly Barboza |
Banca de defesa: |
Machado, Carly Barboza,
Silva, Hélio Raymundo Santos,
Birman, Patricia,
Miagusko, Edson,
Leite, Márcia Pereira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11436
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é empreender, através de uma etnografia multissituada, uma análise de diferentes formas de ação do estado e seus agentes no conjunto de favelas do Complexo do Alemão, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, desde a ocupação do “território” pelo Exército Brasileiro, de novembro de 2010 a junho de 2012, até o primeiro ano de funcionamento das Unidades de Polícia Pacificadora instaladas logo em seguida. Num primeiro momento, analisei diferentes narrativas e tentei reconstruir a partir de diferentes vozes a grande operação conduzida por instituições e agentes do estado, que culminou na ocupação militar dos Complexos do Alemão e da Penha. Apontei o quanto a imprensa exerceu notável contribuição na constituição de todo um cenário espetacular de medo e terror, e como a cobertura destes eventos foi efusivamente de apoio acrítico às operações dos agentes do estado, de tal forma que a cobertura jornalística se transformou numa propaganda do/de estado e suas ações. Após a grande operação de invasão/ocupação, o território foi ocupado militarmente pelo Exército Brasileiro. Analisei a forma como militares acionaram certas redes religiosas para contribuir em seu governo das populações locais, e como estas redes religiosas viram na aproximação com o exército uma oportunidade de participação em estâncias inéditas de decisão e poder. Após a saída do exército, o território do Complexo do Alemão passou a ser policiado por quatro Unidades de Polícia Pacificadora. Num primeiro momento, investiguei três situações aos quais considero simbolicamente relevantes para o entendimento das tensões, aproximações e resistências do encontro das populações locais com certos agentes do estado, os policiais militares: a negociação para liberação de eventos culturais; as abordagens policiais àqueles que têm "atitudes suspeitas"; e as patrulhas realizadas pelos GTPPs (Grupamentos Táticos de Polícia de Proximidade) em busca de drogas e armas pelos becos e vielas do território. Na segunda parte, fiz um recorte de gênero, no campo da masculinidade, a partir de observações do campo, discutindo a hipótese da feminização da segurança pública carioca. |